Mas minha gente... Ou como o povo daqui do Recife fala: "Marmiagente"... Estão começando a atacar a Lei Rouanet DE NOVO. Definitivamente essa galera não gosta de Cultura mesmo. Mas eu gosto, meus leitores amam e o Brasil sabe que a Cultura é, além de arte, diversão e entretenimento, é geração de emprego e renda.
Há alguns dias, o Blog explicou que a Lei Rouanet não é simplesmente o governo dando dinheiro na mão de artista. É uma dedução no imposto de renda que é feito por pessoas físicas e/ou jurídicas. Dito isso, a imprensa noticiou por esses dias que o Ministério da Cultura conseguiu desbloquear cerca de R$ 1 bilhão da Lei Rouanet e que em torno de 2 mil projetos culturais seriam beneficiados em todo o País.
Agora, uma coisa que a turma não fala, é que esse dinheiro havia sido bloqueado pelo (des)governo anterior, que havia rebaixado a Cultura para secretaria. E detalhe: a então secretaria havia prometido R$ 1 bilhão para conteúdos audiovisuais pró-armamentismo . Em outras palavras: estava prevista a produção de documentários, filmes, webséries e podcasts que mostrassem os argumentos armamentistas, ou seja, de acordo com o pensamento da época "a importância do armamento para a civilização e a liberdade humana"(sic!)
Tá, mas e que história é essa de ter mais dinheiro pra Rouanet do que pra Saúde?
Pra começo de conversa, os R$ 600 milhões não são do ministério todo, mas sim, de um programa específico do Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Redução de Filas. O valor TOTAL do orçamento do Ministério da Saúde está fixado em R$ 149,9 bilhões, o que representa uma redução de R$ 22,7 bilhões, quando comparado a 2022. As perdas podem chegar a R$ 60 bilhões se considerarmos o Teto de Gastos, que tem congelado recursos desde 2018.
Em outras palavras: Dizer que o governo deu mais dinheiro pra Cultura do que pra Saúde definitivamente NÃO PROCEDE