O mês de junho marca a campanha Junho Violeta, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006, com o objetivo de conscientizar a população sobre a violência contra pessoas idosas e defender um envelhecimento digno e respeitoso.
No Brasil, o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) define como violência qualquer ação ou omissão que cause dano físico, psicológico ou até mesmo a morte de pessoas com 60 anos ou mais. A legislação representa um marco na defesa dos direitos dos idosos.
Segundo a médica Flávia Goldmann, membro da Sociedade Alemã de Geriatria e presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), os casos mais frequentes de violência envolvem negligência e abandono, muitas vezes praticados por familiares e cuidadores. “A violência psicológica também é recorrente e, em situações envolvendo idosos com demência, os impactos tendem a ser ainda mais severos”, explica a especialista.
Durante o Junho Violeta, ações educativas e campanhas de conscientização ganham força, mobilizando a sociedade na luta pela proteção e valorização das pessoas idosas. A campanha é um chamado à empatia, à escuta atenta e ao compromisso coletivo por um envelhecimento mais humano e seguro.