segunda-feira, 28 de junho de 2021

Sintepe protesta na Secretaria de Educação e exige retomada das discussões sobre Piso Salarial e PCCV e em Defesa da Vida

 

Na manhã desta segunda-feira (28), a direção do Sintepe e integrantes da base foram recebidos por representantes da Secretaria de Educação após ato político simbólico em frente à sede da Secretaria reivindicando a retomada das negociações em torno da Campanha Salarial Educacional 2021 e em defesa da vida. Dentre os pontos, ressaltou-se a repercussão do piso salarial do magistério em toda a educação, a reformulação do PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos) e outras pautas específicas como o reajuste da base salarial dos Analistas Educacionais.

O Governo tentou dificultar o debate acerca da pauta quando afirmou que as negociações estavam interrompidas por conta da greve. "O governo de forma antidemocrática usa a greve para não abrir debate sobre pontos importantíssimos da Campanha Salarial Educacional", afirmou Ivete Caetano, vice-presidenta do Sintepe.

O Sindicato reafirmou sua luta pelo piso salarial, pela reformulação do PCCV após as distorções sofridas no final de 2020 e por valorização profissional para todos os trabalhadores/as em educação.

Além disso, o Sindicato também cobrou transparência na divulgação dos dados sobre a quantidade de trabalhadores em educação vacinados com a primeira e com as duas doses contra a covid-19. "Transparência é um direito e precisamos saber quantos trabalhadores tomaram a primeira dose, quantos tomaram as duas doses", reivindicou Ivete.

A presidenta do Sintepe, Valéria Silva, afirmou que a postura do governo é intransigente e que o debate mediado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) avançou de forma positiva, bastando o governo dar sua contribuição. "Insistir é nosso direito, é nosso papel enquanto Sindicato", disse. Valéria reivindicou o reinício das atividades presenciais somente com a categoria vacinada com as duas doses.

A diretora do Sindicato, Andrea Batista, lembrou a situação salarial dos Analistas Educacionais. "Como a Secretaria de Educação aceita que trabalhadores com nível educacional superior possam receber salários tão baixos?", questionou. "Como é possível um analista, que tem formação acadêmica e precisa cuidar de sua família, receber um salário de R$ 1.500?", disse Andrea.

Além desses pontos, foi ressaltado também o caso da estudante que morreu após sofrer agressões na escola. "Discordamos do afastamento do diretor, porque isso significa quebrar a corda do lado do mais fraco. É preciso uma política pública sobre educação não violenta nas escolas", lembrou Ivete Caetano.

Os presentes no ato ressaltaram a próxima assembleia geral do Sintepe, que ocorrerá nesta quinta-feira, 1 de julho, como espaço para a categoria discutir novas estratégias de lutas.

Com informações do jornalista Jonatas Campos