segunda-feira, 25 de julho de 2016

Obesidade em debate

Estar acima do peso além de ocasionar vários problemas de saúde afeta muito a autoestima e, em alguns casos pode até levar a doenças graves como a depressão. O estresse do dia a dia atrelado a má alimentação e ao sedentarismo são apontados como os grandes vilões para a obesidade. 
Em alguns casos, quando não se trata de muitos quilos, a reeducação alimentar aliada à prática de atividade física resolvem o problema. Em outros, só a cirurgia bariátrica. Com mais de 3 mil cirurgias no currículo o cirurgião Walter França (foto) comanda nesta segunda-feira (25), às 19h, no 7º andar do anexo 3, do Hospital Esperança, a Reunião Multidisciplinar da Obesidade.No  evento gratuito  haverá palestra de nutricionista e psicóloga, bem como, depoimentos de pacientes já operados.
Entre os procedimentos mais usados na cirurgia bariátrica estão o Bypass intestinal  e o Sleeve.  No Sleeve ou Gastrectomia Vertical, o estômago do paciente é grampeado em forma de tubo que vai do esôfago ao duodeno. Assim se reduz o estômago em até 80% do seu tamanho. O novo órgão fica com 150 ml a 250 ml e com forma parecida com um tubo gástrico. “Nessa redução se retira parte do fundo gástrico, região que produz o hormônio grelina, responsável pela sensação de fome. Após a cirurgia, o apetite diminui. Esse procedimento é indicado para paciente com obesidade 3 e mórbida principalmente o que possuem problemas intestinais ou quadro de anemia importante”, enfatiza.
NoBypass intestinal de ForbiCapella há um desvio do intestino delgado fazendo com que o paciente absorva menos gordura do que antes. Todo o intestino continua funcionando normalmente e a absorção de vitaminas e minerais permanece a mesma. “A média de perda de peso do paciente  que se submete ao Bypass, oscila entre 40%, mas pode variar entre 25% e  55%”, relata a profissional. 
De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França os quilos a mais não interferem apenas na autoestima dos pacientes mas, colaboram para desencadear várias doenças como problemas cardiovasculares, câncer, depressão, hérnias, diabetes II, dermatites e dislipidemia(alteração do colesterol). Apnéia do sono, incontinência urinária ,disfunções hormonais e erétil nos homens, doenças articulares e do refluxo, entre outros problemas, acometem que está bem acima do peso. Hoje já é possível operar um paciente com índice de massa corpórea (IMC) partir de 30, com doenças correlatas e, como qualquer outra cirurgia, a bariátrica tem riscos, mas as doenças relacionadas ao excesso de peso, matam muito mais. “ O risco de óbito numa cirurgia bariátrica é de 0,3, já a obesidade mata 10 vezes mais”, relata o profissional.