Durante o encontro com mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nesta sexta-feira (13/9), o candidato à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho (PSD), anunciou a construção, caso seja eleito, de quatro centros especializados para o tratamento de crianças neurodivergentes. O projeto faz parte de seu plano de governo e busca oferecer suporte integral às famílias e indivíduos que convivem com essas condições.
“Hoje, há uma enorme carência de serviços especializados para atender crianças neurodivergentes no Recife. O que propomos é a criação de centros que ofereçam um atendimento completo e humanizado, desde o diagnóstico até o acompanhamento contínuo, focando em transtornos como TEA, TDAH, e outros. Precisamos garantir que essas famílias tenham o suporte necessário e que as crianças e adolescentes com transtornos possam ser atendidos com dignidade e qualidade”, explicou Daniel.
Os centros serão distribuídos por regiões estratégicas da cidade, facilitando o acesso da população. Além disso, as unidades contarão com uma equipe multidisciplinar, composta por psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde, oferecendo um atendimento integrado e personalizado.
Mariana Melo (PSDB), candidata a vice na chapa de Daniel, também enfatizou a importância dessa iniciativa. "O cuidado com as crianças neurodivergentes precisa ser tratado com a seriedade que merece. Esses centros não só apoiarão as crianças e suas famílias, mas também atenderão outras faixas etárias, promovendo uma cidade que cuida do bem-estar emocional e psicológico de seus cidadãos e cidadãs", afirmou Mariana, destacando o compromisso da chapa em melhorar a qualidade de vida da população recifense.
A dona de casa Milena Souto, mãe de Miguel, de 5 anos, relata as dificuldades enfrentadas para garantir o tratamento do filho. "Miguel já nasceu sem enxergar pelo olho direito e foi diagnosticado com TEA e toxoplasmose, que contraí durante a gravidez e transmiti para ele. É muito difícil conseguir consultas. Há mais de um mês tento marcar terapias e não consigo. Não temos acompanhamento médico adequado. Os remédios são caros, e muitas de nós não têm condições de pagar. Às vezes, ele fica sem medicação porque não temos como arcar com os custos. Uma caixa não dura nem um mês."
Milena ainda conta que a família precisou fazer uma vaquinha para pagar um exame de vista para o menino. "Ele não enxerga e nasceu com uma mancha no olho. Além disso, preciso de um exame com um infectologista, já tenho o encaminhamento, mas não consegui fazer a consulta. A gente vai no posto de saúde, mas nada de o tratamento começar."
Daniel e Mariana são candidatos da Coligação *Recife Levado a Sério*, que reúne PSD, PP, Podemos, Federação PSDB-Cidadania, PRD e Mobiliza.