sexta-feira, 4 de março de 2016

Parceria na solução de crimes e identificação de pessoas

Buscando solução para alguns crimes, peritos do Piauí e Maranhão aproveitaram a vinda a Pernambuco, aonde participaram de um workshop sobre genética forense, para trazer amostras biológicas referentes aos casos não solucionados em seus Estados. Eles vêm contando com o apoio do Laboratório de Perícia e Pesquisa Genética Forense de Pernambuco - LPPFG na resolução destes crimes, alguns, inclusive, com mais de cinco anos de ocorridos.
Esta não é a primeira vez que Pernambuco ajuda os Estados vizinhos na solução dos casos. O LPPFG já prestou este tipo de apoio outras vezes, inclusive ao Maranhão e ao Piauí, que estão em fase de criação dos seus próprios laboratórios. Segundo o perito maranhense Walison Cantanhede, a escolha do Estado se deu por conta da referência que o laboratório pernambucano tem na região Nordeste.
“Eu acho que Pernambuco é um polo para a região Nordeste. Tem uma estrutura bem organizada e nós do Maranhão estamos em processo de montagem do nosso laboratório forense”, afirmou o perito. “É essencial (possuir os laudos). Faz parte do processo investigativo a construção do ciclo de perícia de DNA”, concluiu.
Segundo o gestor do laboratório de DNA, Carlos de Souza, Pernambuco vem buscando fortalecer a pesquisa forense em todo o Nordeste. De acordo com ele, o Estado forneceu insumos para o Maranhão poder realizar as suas próprias perícias, além de receber no laboratório, peritos maranhense.
“O Maranhão e o Piauí não estão com os laboratórios funcionando, então eles aproveitaram esta vinda a Pernambuco para se estender por mais uma semana e processar alguns casos deles aqui. A gente tem um acordo com o Maranhão, aonde eles adquiriram alguns insumos nossos, mas por não estarem com o laboratório funcionando ainda, eles estão trazendo algumas amostras para cá. Uma semana por mês vem sempre um ou dois peritos de lá e ficam usando as nossas instalações”, falou o gestor.
Assim como o Maranhão, o Piauí está em busca de construir o seu próprio laboratório. Mas além de contar com a falta de estrutura e de equipamentos, os piauienses sofrem com a falta de mão de obra, que é bastante escassa no Estado. Para a perita piauiense Adilana Soares, estes laudos são fundamentais, pois além da necessidade da polícia em solucionar estes casos, as famílias das vitimas também precisam de respostas. Mas apesar da falta de estrutura no seu Estado de origem, Adilana afirmou que não falta apoio dos pernambucanos.
“Nós estamos lutando pela construção do nosso. Só que além da falta de estrutura e de equipamentos, nós carecemos de mão de obra. Somos poucos peritos e não conseguimos suprir a demanda de outros casos. Por isso a gente trouxe algumas identificações humanas que a família espera. Então tanto a população clama pelas respostas, quanto a polícia espera”, disse a perita. “Além do mais, estamos recebendo o apoio total dos peritos locais. Do início até o fim na emissão dos laudos o pessoal nos apóia e nos ensina todas as técnicas”, finalizou.
Os peritos analisaram ao todo 12 amostras de DNA, desde crimes sexuais até de identificação de corpos. O LPPFG existe desde 2012 e, além de buscar a resolução dos crimes pernambucanos, também visa o fortalecimento da área na região Nordeste.
Secretaria de Defesa Social de Pernambuco