quarta-feira, 10 de julho de 2019

Morre o jornalista Paulo Henrique Amorim, aos 77 anos

jornalista Paulo Henrique Amorim morreu na manhã desta quarta-feira (10/07/2019) em sua casa, no Rio de Janeiro, de infarto fulminante. Seu último trabalho havia sido no Domingo Espetacular, da Record.

Biografia - Nascido no Rio de Janeiro, formado em Sociologia e Política,[3] filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim(1906—84), tem dois irmãos. Seguindo passos do pai, estudou em escolas da cidade onde nasceu e começou a trabalhar já adolescente, com a imprensa.[4]

Carreira

PHA trabalhou em jornais, revistas, televisão, Internet e publicou livros. Cobriu eventos com repercussão internacional: a eclosão do vírus ebola na África (1975 a 1976); a eleição (1992) e a posse do então novo presidente norte-americano Bill Clinton (1993); os distúrbios raciais (1992) e o terremoto (1994) de Los Angeles; a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México (1994).[3]

Jornais e revistas

O primeiro emprego como jornalista foi no jornal A Noite, no Rio de Janeiro em 1961,[3]ano em que fez a cobertura para o jornal, a renúncia do presidente Jânio Quadros e a tentativa do governador do Rio Grande do SulLeonel Brizola, o qual formou a Cadeia da Legalidade para garantir a posse do vice, João Goulart, que seria derrubado em 1964.[4]
Trabalhou em Nova Iorque, nos Estados Unidos como correspondente internacional. Foi contratado pela Editora Abril para ser repórter e correspondente internacional, primeiro da revista Realidade, depois da revista Veja, sendo seu primeiro correspondente internacional.[5]

Televisão

Passou pela emissoras de TVs Manchete e Globo, tendo aberto sucursais para esses veículos em Nova IorqueEstados Unidos, passando parte da sua vida trabalhando no exterior.
Em 1996, deixou a Globo pela Rede Bandeirantes, onde passou a apresentar o telejornal Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado.[6] onde apresentou o telejornal Jornal da Band e o programa político Fogo Cruzado, que por adotar postura independente, já produziu desentendimentos com diversos políticos ao vivo.
Em agosto de 1998, acusou no telejornal Jornal da Band, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva por adquirir apartamento e carro por meio ilegal, em meio a campanha eleitoral presidencial. No entanto, investigações comprovaram a legalidade e Lula entrou com processo contra o apresentador, a Rede Bandeirantes, conseguido direito de resposta.[7]
Em 13 de janeiro de 1999, deixou de comparecer á emissora e a apresentação do telejornal foi substituída.[8] Segundo a imprensa, o não comparecimento foi por conta do protesto contra direção da emissora de implantar a Unidade Produtora de Jornalismo da emissora, planejada para gerar reportagens para os noticiários da rede, padronização que tiraria a autonomia e a diferença do Jornal da Band.[8] Quando a emissora decidiu demiti-lo por abandono de emprego, passou acusar a emissora, por meio de imprensa, vários crimes, os quais renderam-lhe cinco processos. Amorim também processou o canal por multa contratual, tendo ganho em primeira instância.[9][10][11][9]
No mesmo ano, a TV Cultura o contratou, apresentando o talk-show Conversa Afiada(produzido por sua empresa PHA Produções),[12] que chegou ser exibido também pela TVE Brasil e na TV NBR. O programa durou até o final de 2002, quando terminou o contrato.
Em 2003, foi contratado pela Rede Record, onde apresentou o telejornal noturno Jornal da Record 2ª Edição (extinto em 5 de janeiro de 2007) e o Edição de Notícias. De 2004 até o final de janeiro de 2006, passou a apresentar a revista eletrônica exibida no final de tarde Tudo a Ver, com Janine Borba e posteriormente com Patrícia Maldonado. Em fevereiro de 2006, passou a apresentar o programa Domingo Espetacular, com Fabiana ScaranziJanine Borba e Adriana Araújo na mesma rede de televisão.[13].
Amorim ficou no comando da revista eletrônica até 23 de junho de 2019, quando foi afastado do comando da atração.[14]

Internet

PHA trabalhou no WebTV, do extinto ZAZ[3] e em 2000 inaugurou o UOL News no UOL[15]
Em agosto de 2006, foi contratado pelo portal iG, para ser blogueiro do Conversa Afiada, mesmo molde que tinha na época da TV Cultura, mas em versão on-line, em cuja página principal tinha um quadro de destaque permanente. Diversos políticos e jornalistas (entre eles, Mino Carta e José Dirceu), tinham estreado os seus blogs na época. No entanto, ficou pouco mais de um ano meio, sendo demitido em 2008. Amorim relançou o blog Conversa Afiada no mesmo dia precariamente, apenas em um link provisório, posteriormente mudado para um definitivo, e afirmou que o contrato havia sido encerrado devido às críticas que fez ao suspeito processo de fusão da Brasil Telecom e a Oi, formando a Br Oi, segundo o qual o jornalista afirmava que várias personalidades políticas se beneficiaram ilicitamente no processo, sob tolerância pelo Governo Federal. Contratou o advogado Marcos Bitelli para entrar na Justiça contra o site a fim de obter mandado de segurança, almejando recuperar todos os arquivos e posts publicados.[16]
Com informações do Jornal Metrópoles (DF) e Wikipédia