Durante visita do papa a Santiago, no Chile, alguém jogou um jornal que atingiu o rosto do pontífice. Francisco olhou para baixo para ver o que era o objeto e continuou sorrindo e acenando. O papa vem enfrentando protestos por causa dos casos de pedofilia envolvendo integrantes do clero no Chile. Ele pediu perdão pelos abusos cometidos por religiosos.
O pedido foi feito durante um encontro com membros do corpo diplomático e políticos, no primeiro ato de sua visita ao país sul-americano.
"Não posso deixar de manifestar a dor e a vergonha que sinto perante o dano irreparável causado às crianças por integrantes da Igreja", disse Francisco, durante um discurso na sede da presidência chilena, o Palácio de la Moneda.
As palavras do papa foram recebidas com aplausos pelas cerca de 700 pessoas que estavam reunidas no Pátio das Laranjeiras. "Quero me unir a meus irmãos no episcopado, já que é justo pedir perdão e apoiar com todas as forças as vítimas, ao mesmo tempo em que temos que nos empenhar para que isso não se repita", disse o pontífice, que, no entanto, não mencionou a palavra abuso.
A viagem do papa reacendeu o escândalo de pedofilia envolvendo padres católicos no Chile. A organização Bishop Accountability, que documenta casos de abusos sexuais cometidos por membros da Igreja Católica, publicou nesta segunda-feira uma lista com os nomes de 80 sacerdotes e clérigos e de uma freira acusados de abusos sexuais a menores de idade no país sul-americano.
Com informações do Twitter e do Deustche Welle