segunda-feira, 27 de novembro de 2017

HMA participa de estudo latino-americano sobre sepse

O Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, participa, a partir de hoje (27), de um estudo para avaliar a prevalência e letalidade de pacientes com sepse e choque séptico nas emergências brasileiras. O estudo, intitulado SPREAD-PS, é realizado pelo ILAS – Instituto Latino-americano de Sepse, formado por especialistas de centros médicos do Brasil, da Argentina e de mais seis países, que procuram auxiliar a qualidade da assistência ao paciente portador de sepse.

A coleta de dados acontece nestas segunda (27.11), quarta (29.11) e sexta-feiras (01.12), através de um questionário aplicado a pacientes acima de 18 anos, presentes na emergência e que tenham tido diagnóstico de sepse ou choque séptico definido pela presença de foco infeccioso suspeito ou diagnosticado e disfunção orgânica com ameaça à vida. A coleta é coordenada por Cátia Arcuri Branco, titular da Comissão de Controle à Infecção Hospitalar do HMA (CCIH/ HMA), com apoio dos residentes de Clínica Médica José augusto Calafell Rong Tibúrcio de Melo e Rebeca Costa Barbosa.

A sepse é uma resposta do organismo a uma infecção que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. Segundo pesquisadores do ILAS e da Universidade Federal de São Paulo, a cada ano morrem mais de 230 mil pacientes adultos nas UTIs do Brasil em decorrência da doença; 55,7% dos internados com sepse vão a óbito. É uma taxa extremamente alta, superando até mortes por Acidente Vascular Cerebral e Infarto em UTIs. No Hospital Miguel Arraes, a sepse e o choque séptico correspondem a mais da metade das causas de morte: são 57% dos registros. 


Com informações da jornalista Iana Gouveia