🎤 A cantora baiana Ivete Sangalo enfrenta críticas por batizar sua nova turnê com o nome Ivete Clareou, reacendendo discussões sobre o uso indevido de marcas no cenário artístico brasileiro. O grupo de samba carioca Clareou, que detém desde 2010 o registro da marca Grupo Clareou no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), acusa a artista de infringir seus direitos de propriedade intelectual ao utilizar o termo “Clareou” em seu projeto musical.
Embora Ivete tenha iniciado o processo para registrar a nova marca, os integrantes do Clareou alegam que o nome é o principal sinal distintivo associado ao grupo há mais de uma década — e que o uso por outra artista no mesmo segmento pode confundir o público e prejudicar a identidade da banda.
🧑⚖️ Especialistas alertam para riscos jurídicos
Segundo o advogado Pedro Araújo, especialista em propriedade intelectual e gestor na Portela Soluções Jurídicas, esse tipo de conflito evidencia uma falha comum no setor do entretenimento: a negligência na análise jurídica antes do lançamento de novos produtos ou marcas.
> “Ao utilizar um sinal distintivo previamente registrado por terceiros, mesmo que sem intenção, o artista se expõe ao risco de ações judiciais, perdas contratuais e até suspensão de campanhas promocionais”, alerta Araújo.
De acordo com o grupo, houve tentativas de negociação com a equipe de Ivete Sangalo, mas sem avanços concretos até agora. Embora o caso ainda não tenha sido levado ao Judiciário, os próximos passos devem ocorrer nos próximos dias, podendo impactar diretamente o cronograma da turnê.
🎭 Gestão de marcas no entretenimento sob os holofotes
Mais do que uma disputa por nomenclatura, o episódio reforça a importância de uma abordagem profissional e estratégica na gestão de marcas no setor artístico. Como aponta o especialista, garantir a regularidade jurídica do nome de um projeto antes de subir ao palco pode evitar prejuízos financeiros e danos à reputação.
