❤️ O aumento de casos de morte súbita entre jovens, especialmente atletas envolvidos em esportes de alta intensidade, tem gerado preocupação entre médicos, educadores físicos e familiares. Embora seja considerada uma ocorrência rara — com estimativa de 1 a 3 casos por 100 mil jovens atletas por ano — seu impacto é profundo e imprevisível.
🫀 Doenças cardíacas silenciosas são principais causas
De acordo com a Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS), as causas mais comuns são condições cardíacas hereditárias ou congênitas não diagnosticadas, como cardiomiopatia hipertrófica, anomalias coronárias e arritmias genéticas. Muitas vezes, as vítimas são jovens saudáveis, sem histórico aparente de problemas, o que torna o diagnóstico precoce desafiador.
🏃 Atividade física orientada é fator de proteção
O professor Murilo Gominho, especialista em Hebiatria e docente do Centro Universitário UniFBV Wyden, reforça que a prática de exercícios é essencial para a saúde dos adolescentes. “A adolescência é uma fase que marca a construção de hábitos duradouros. Com orientação adequada, a atividade física contribui para a prevenção de diversas doenças, inclusive as relacionadas à morbimortalidade”, explica.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da American Academy of Pediatrics mostram que adolescentes ativos apresentam taxas significativamente menores de mal súbito em comparação com os sedentários. O acompanhamento por profissionais habilitados e, se necessário, a apresentação de atestados médicos são medidas recomendadas para garantir a segurança dos jovens durante os treinos.
🔎 Triagem e protocolos podem salvar vidas
A SBAFS orienta que, antes do início de práticas físicas intensas, os jovens passem por avaliação cardiovascular completa — incluindo histórico familiar, anamnese, exames físicos e eletrocardiograma (ECG). Em situações suspeitas, exames mais avançados, como ecocardiograma ou ressonância magnética, podem ser decisivos.
💡 Desfibriladores e ações emergenciais são fundamentais
Estudos apontam que a presença de desfibriladores externos automáticos (DEA) e equipes treinadas em locais como escolas, academias e clubes aumenta em até 70% a chance de sobrevivência em casos de parada cardíaca, desde que a intervenção ocorra nos primeiros minutos.
⚠️ Esporte com segurança: o equilíbrio ideal
Apesar da preocupação, especialistas reforçam que o objetivo não é afastar os jovens do esporte, mas garantir que ele seja praticado com responsabilidade. Com triagem adequada, protocolos emergenciais e orientação profissional qualificada, é possível minimizar riscos e preservar vidas.