sábado, 28 de julho de 2018

Partido do Esporte surge no Brasil

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral , 73 agremiações político-partidárias estão em processo de criação no Brasil e a maioria deles já com planos de participar das eleições em 2020. 

Um deles é o Partido do Esporte (PE), formado em sua maioria por atletas e professores de Educação Física. Aqui em Pernambuco, o presidente do diretório estadual Marconi Sena conversou com o blog para falar sobre ideias e objetivos.

Devido à Lei da Cláusula de Barreira, o partido não vai lançar candidatos este ano, deixando para estrear de fato na política em 2020, com o objetivo de eleger prefeitos e vereadores. Em Pernambuco, são 40 municípios com diretórios formados. "Até 2020 queremos chegar a 120 municípios, para firmar nossas propostas e ideias", afirma Sena, que preside o partido desde março deste ano. 

Oficialmente, o presidente nacional do partido é Eduardo de Oliveira, cuja história é contada no site do partido. No entanto, Marconi Sena nos revelou que a maior liderança nacional do PE é o ex-judoca, vereador e pré-candidato a deputado federal Aurélio Miguel, que por enquanto não pode ligar seu nome ao Partido do Esporte por ainda estar filiado ao PR. Também é por esse motivo que a oficialização dos documentos só devem começar a partir de novembro deste ano, após às eleições.

Mas, e por que um partido que fala só do esporte? Não haverá demandas para outras áreas sociais? "O esporte é um catalisador social, uma vez que no esporte, poderemos falar também de saúde e de educação", diz o presidente estadual. "É muito difícil você ter alguma iniciativa no esporte aqui no Brasil. Se você vai solicitar verba para qualquer grupo esportivo, consegue quantidade X. Mas como partido político, poderemos conseguir muito mais recursos", acredita.

Sistema Partidário - O Brasil hoje tem um sistema pluripartidário e atualmente, comporta 35 legendas,  das mais variadas vertentes ideológicas. Historicamente, o Brasil passou por vários ciclos políticos e chegou a ter um sistema bipartidário durante o Regime Militar (1964-1985), com as agremiações Arena (Aliança Renovadora Nacional, que hoje é o Progressistas) e MDB (que passou a ser PMDB em 1980 e este ano voltou a ser MDB).

Em 1980, com a abertura política, houve a liberação para a criação ou reestabelecimento de partidos políticos. Entre os partidos que voltariam ao sistema brasileiro estavam o PTB, o PSB, o PCB e o PCdoB. Já entre os recém-criados da época estavam o PDS (a antiga Arena, que depois se tornou PPR, PPB, PP e agora, Progressistas), PDT, PT e PMDB. Posteriormente, outros partidos surgiram como o PFL (uma dissidência do PDS, hoje Democratas), PL (Hoje PR), PSL, e depois do ano 2000 surgiram partidos como o PSol, Rede, Podemos, Avante e Patriotas.