A 15ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, marcada para acontecer entre os dias 3 e 12 de outubro de 2025, no Centro de Convenções de Olinda, será o primeiro evento literário do país a receber certificação de neutralização de carbono. A iniciativa pioneira marca os 30 anos da Bienal com um gesto simbólico e prático de responsabilidade ambiental.
A certificação será concedida pela consultoria Novo Olhar Sustentabilidade, que elaborará um inventário detalhado das emissões de gases de efeito estufa geradas em todas as etapas do evento — desde a montagem da estrutura até a desmontagem, passando pelo consumo de energia, deslocamentos e operação dos estandes.
Para compensar o impacto ambiental, a organização realizará o plantio de mudas nativas de mangue-vermelho no estuário do rio Maracaípe, em Porto de Galinhas (PE), como parte do projeto Remanguezar. O manguezal é considerado um dos ecossistemas mais eficientes no sequestro de carbono, com potencial 4,5 vezes maior que o da Floresta Amazônica.
“Não se trata apenas de um compromisso ecológico, mas de um legado cultural. Ser a primeira Bienal CO₂ free do país é um marco de responsabilidade e inovação”, afirma Guilherme Robalinho, um dos produtores do evento.
Realizada com incentivo da Lei Rouanet, a Bienal conta com patrocínio da Petrobras (premium), Banco do Nordeste do Brasil e Itaú Unibanco. A produção é da Cia de Eventos, Ideação e Vox Produções, com apoio do Sesc, Sebrae, Prefeitura do Recife, Governo de Pernambuco, Sudene e Odilo.
Reconhecida como um dos principais eventos do setor editorial no Norte e Nordeste, a Bienal reúne autores, editoras, professores e leitores em uma programação diversificada, com debates, lançamentos, oficinas e atividades voltadas para crianças e jovens.
Segundo Luiz Roberto de Oliveira, CEO da Novo Olhar Sustentabilidade, o modelo de evento carbono neutro é comum em grandes encontros internacionais, mas ainda pouco aplicado no setor literário brasileiro. “A Bienal de Pernambuco terá, assim, um balanço neutro de emissões de carbono, reforçando seu papel como referência cultural e ambiental”, destaca