quarta-feira, 17 de abril de 2019

Pressão alta em discussão no Hospital Miguel Arraes

O Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, se volta para uma doença responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal: a pressão alta. Para assinalar o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, no próximo dia 26, e aumentar a conscientização em torno da doença, o Serviço Social do HMA promove uma palestra dirigida aos pacientes do Ambulatório, nesta quarta-feira (17), a partir das 8h30, ministrada pela residente em Clínica Médica, Yally Nascimento.

Má alimentação, obesidade, sedentarismo, álcool e fumo são motivos que podem elevar o número de pessoas com hipertensão, doença silenciosa e progressiva que acomete uma em cada quatro pessoas adultas. Assim, estima-se que, no mínimo, atinja em torno de 25% da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos, e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão. As graves consequências da pressão alta podem ser evitadas, desde que o hipertenso conheça sua condição e mantenha-se em tratamento com adequado controle da pressão.

Para o coordenador de Clínica Médica do Hospital Miguel Arraes, Fábio Queiroga, a sociedade deve se voltar para a conscientização, a prevenção e o tratamento da pressão alta. “A doença é determinada pelos altos níveis da pressão sanguínea nas artérias. Porém, muitas vezes é assintomática e age silenciosamente, podendo causar acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca”.

Todo indivíduo adulto deve, pelo menos uma vez a cada um ou dois anos, medir sua pressão arterial. Se for fumante, obeso, diabético ou se tiver história familiar de hipertensão, a pressão deve ser medida cerca de duas vezes por ano. Já os pacientes sabiamente hipertensos devem medir a pressão arterial pelo menos uma vez por semana para saber se a hipertensão está sob controle. “Para evitar a pressão alta, as pessoas precisam ficar atentas a alguns cuidados. Das ações de prevenção, as principais são os hábitos saudáveis de vida: atividade física regular, 30 minutos de caminhada moderada por dia pelo menos cinco vezes por semana e uma alimentação saudável, especialmente com pouca quantidade de sal”, orienta Fábio Queiroga.


Com informações da jornalista Iana Gouveia