sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Recife pode sim, sediar a Copa das Confederações

Os avanços demonstrados pelos laudos técnicos das obras da Arena Pernambuco colocam o local como forte candidato para uma das sedes da Copa das Confederações de 2013. Desde maio, quando foi firmado o plano de aceleração do empreendimento, os documentos são examinados com periodicidade quinzenal por engenheiros contratados pela Fifa. É por conta deste planejamento, dividido em 13 tópicos, que vem a convicção: não será por falta de estádio que Recife ficará de fora do grande ensaio para o Mundial.

O prazo máximo estipulado pela Fifa e pelo Comitê Organizador Local (COL) para a conclusão dos seis palcos da competição é até fevereiro. Desde o início da execução do novo cronograma criado pela Odebrecht Infraestrutura, a construção saltou de 40% para 70%. A expectativa é terminar o ano acima de 85%. Há uma semana, no mesmo dia da última inspeção da Fifa no canteiro de obras, os gestores do estádio anunciaram a data de inauguração. A abertura foi agendada para 14 de abril de 2013. Sem dúvida, uma jogada a mais para ratificar junto à Fifa a posição do projeto.

O secretário executivo de Relações Institucionais de Pernambuco, Gilberto Pimentel, afirma que a última inspeção técnica teve como prioridade o monitoramento do plano de aceleração, numa reunião de mais de três horas, apresentando dados atualizados da construção. “Demonstramos à Fifa, na última visita, que as medidas estão sendo cumpridas à risca, integralmente”, afirmou. A comitiva da Fifa foi chefiada por Charles Botta, consultor da entidade para estádios.

“A especulação tem data para terminar, com o anúncio. A nossa certeza é que sendo quatro, cinco ou seis cidades, Recife estará entre elas”, afirma Ricardo Leitão, secretário extraordinário da Copa no estado, referindo-se ao decisivo evento em 8 de novembro, em São Paulo, quando serão anunciadas as sedes da Copa das Confederações. Arena Pernambuco e Fonte Nova, escolhidas de forma condicionada, vêm atendendo às determinações impostas pela própria Fifa.

Subjetividade de interlocutores da Fifa à parte, foi preciso reavaliar prazos e outros cálculos para manter o discurso firme em Pernambuco. Consultada pelo governo do estado, integrante da parceria público-privada (PPP), a equipe de engenheiros da Odebrecht gastou cerca de um mês para produzir o estudo com as medidas, aprovado pela Fifa em maio.

Uma explicação técnica para o crescimento atual acima da média, passando de 4,5% para 8% ao mês, é baseada na “Curva S”, com a divisão da construção em três etapas. Na primeira, muito tempo e pouco avanço físico, retratado principalmente com a terraplenagem. Depois, com muito avanço em pouco tempo. Esse é o cenário atual — já no anel superior e com a cobertura. O estágio deve se estender até dezembro, encerrando o ciclo com pouco tempo e médio avanço, com o extenuante trabalho de acabamento.

Neste ritmo, a arena deverá passar o Maracanã, no início de 2013. Além da Arena Pernambuco, apenas o Castelão e o Mineirão têm data de abertura confirmada, para dezembro. Dúvida mesmo sobre o futuro do estádio, no que depender de todas as projeções realizadas, é apenas sobre as seleções que entrarão no gramado no primeiro dos três jogos marcados para a Copa das Confederações, às 19h, do dia 16 de junho. 


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