Representantes do Senac Pernambuco, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), do Banco do Nordeste e de diversas outras instituições estiveram reunidos na tarde da última terça-feira (31) para celebrar os resultados do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX). Durante o encontro, realizado no salão de eventos da Faculdade Senac, foram apresentados os resultados do programa, cujas metas foram alcançadas e superadas.
Ao todo, 345 empresas foram prospectadas em Pernambuco e Alagoas. Desse total, 181 aderiram ao PEIEX e apenas seis desistiram (índice de apenas 3,31%). Foram certificadas 175 empresas, sendo 121 em Pernambuco e 54 em Alagoas. Entre 2022 e este ano, 23 empresas conseguiram realizar exportação, um índice de 13,14%. No total, 42 segmentos foram atendidos, incluindo comércio varejista, serviços de tecnologia da informação, produtos têxteis e moda.
"Como o Senac Pernambuco foi a primeira instituição do Sistema Comércio no Brasil a executar esse programa de qualificação, tínhamos uma expectativa muito grande dos resultados finais. Ficamos muito felizes que quase 14% das empresas conseguiram realizar pelo menos uma exportação. Isso é muito significativo", afirmou Regivan Dantas, diretor Regional do Senac Pernambuco. "O nosso presidente Bernardo Peixoto tem sempre apoiado os projetos. Isso é muito importante para que o Senac se coloque como uma instituição que não só prepara pessoas para o mercado de trabalho, mas também prepara empresas para a exportação", completou.
Para Sérgio Ferreira, responsável pelo escritório Nordeste da Apex Brasil, a parceria com o Senac Pernambuco foi fundamental para que empresas do Recife e de Maceió se preparassem para o mercado internacional. Segundo ele, a iniciativa ajudou a disseminar a cultura exportadora no empresariado local, tornando as companhias mais competitivas no mercado interno também. "O objetivo é fazer com que Pernambuco, Alagoas e o Nordeste se tornem mais protagonistas no cenário brasileiro", pontuou.
Rita Albuquerque, coordenadora de qualificação da Gerência de Competitividade da Apex Brasil, diz que a parceria inédita com o Senac foi muito exitosa. "Foram 24 meses com uma equipe dedicada à preparação das empresas para o mercado internacional. A gente não tinha como encerrar essa parceria sem vir aqui e conversar com os parceiros locais e agradecer ao Senac pelo trabalho", destacou Rita.
A gerente de Comércio Exterior da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Ivone Malaquias, ressaltou que a reunião foi o encerramento de um ciclo foi muito promissor para o Estado. "A exportação é uma estratégia de negócio de longo prazo que, para as empresas de pequeno e médio portes, é uma alternativa para elas se manterem no mercado", explica. "Quando elas começam a exportar, elas têm um grande ganho em termos de imagem, de melhoria na qualidade do produto, de inovação e de incentivos fiscais, pois elas não pagam nenhum imposto", completa.
Roberta Albuquerque, diretora de Educação Profissional do Senac Alagoas, também participou do encontro. "Nós fomos convidados a participar das discussões e conhecer o projeto, ver como foi o processo, as etapas e contribuir com algumas reflexões. A ideia é levá-lo também para Alagoas", afirmou Roberta. "Queremos ter a oportunidade de trabalhar e fazer uma boa entrega, assim como foi o exemplo do Regional Pernambuco".
Segundo o gerente executivo estadual do Banco do Nordeste, Josué Lucena, a instituição tem participado de reuniões com o objetivo de apoiar as empresas a se consolidarem no mercado internacional. "Foi feito todo um trabalho para levar conhecimento aos empresários e prepará-los para esse momento da internacionalização. Então, havendo necessidade das empresas, elas podem procurar o Banco do Nordeste, que vai estar sempre pronto para atuar nas linhas de financiamento disponíveis", destacou.
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) também atuou como parceiro no PEIEX, levando conhecimento e qualificação para proteger marcas e tecnologias pelo sistema de patentes. "A gente viu que os empresários que participavam do programa não tinham a proteção de suas marcas ou das suas tecnologias", detalha Eduardo Benfica, representante do INPI. "A gente fez ao longo de três anos cerca de três qualificações. Explicamos como é feito todo o processo para garantir essa proteção aqui no território nacional para poder também alcançar o mercado externo", frisou Eduardo.