domingo, 29 de maio de 2022

População acolhida em abrigos do Recife recebe atendimentos médicos e apoio psicossocial

 

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Diversos profissionais da Prefeitura do Recife, em conjunto com voluntários nas comunidades, estão dando suporte na organização dos 39 abrigos temporários abertos na cidade para acolher as vítimas das chuvas. Além de toda a ajuda humanitária oferecida nesses locais, distribuindo colchões, travesseiros, mantas e roupas, além de estocar e entregar lanches e refeições, equipes da Secretaria de Saúde estão a postos ofertando atendimentos e apoio psicossocial através de equipe multidisciplinar. Nas escolas municipais Casarão do Barbalho e Diná de Oliveira, ambas no bairro da Iputinga, dentre os serviços prestados estiveram oferta de vacinação contra tétano e influenza para as pessoas que apresentam quadro febril ou gripal, orientação da vigilância ambiental, sanitária e epidemiológica, dentre outras medidas.

De acordo com Juliana Santiago, gestora do Distrito Sanitário 4, uma das principais demandas dos profissionais de saúde é o atendimento psicossocial. "Contamos com terapeutas ocupacionais e psicólogos para prestar acolhimento e fazer escuta qualificada e realizar o encaminhamento pertinente a cada caso", reforçou. "Muitas pessoas também perderam remédios e receitas. Por isso, o atendimento médico serve para garantir novas prescrições para quem faz uso de medicamento contínuo", afirmou Juliana.

O engenheiro eletricista, Wedlon Cláudio, 27 anos, morador da comunidade do Detran, está dando suporte na organização do abrigo. "Estamos recebendo todos os tipos de doações porque a gente não sabe quanto tempo vamos precisar ficar aqui. Chegam pessoas das comunidades próximas, mas também de outros bairros". Para conseguir acolher o maior número de pessoas, mães e crianças pequenas dividem o mesmo colchão. "Mães com filhos pequenos são prioridade, e idosos também. Algumas pessoas têm onde dormir, mas chegam aqui para se alimentar. Por isso, mesmo com todo o suporte da Prefeitura, também contamos com a solidariedade da população", contou Wedlon.

A família de Karina Cássia, 38 anos, foi uma das que perderam suas casas devido às fortes chuvas. "Não deu tempo de salvar nada. Também não tive como ir para casa de vizinhos, porque todos eles também perderam suas casas. Os parentes têm casas muito pequenas. Então só me restou vir para o abrigo e ainda bem que tinha esse abrigo. Aqui, passamos a noite, eu, meus dois filhos e meu esposo. Recebemos colchão e comida, graças a Deus. Também vou tomar vacina, porque fiquei com água pela cintura para tentar salvar minhas coisas", relatou Karina.

lmprensa Recife