sábado, 12 de maio de 2018

#MariellePresente Dor e Homenagem no Dia das Mães

Às vésperas do primeiro Dias das Mães sem a filha, a vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em 14 de março passado, Marinete Silva diz que ainda é difícil falar da filha. Mesmo assim, por pouco mais de oito minutos, explicou que considera uma "covardia" o atentado que vitimou a vereadora e o motorista Anderson Gomes.

Marinete fala que não quer acreditar que o plano tenha sido arquitetado por um vereador da Câmara do Rio. Nesta semana passada, reportagem do jornal O Globo, revelou o depoimento de um delator que incriminou o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o miliciano Orlando Oliveira de Araújo como responsáveis pelo crime.

Siciliano e Orlando negam a participação no crime.

"Aquilo que foi arquitetado contra a minha filha não é humano. É lamentável que naquele parlamento de homem branco, seja lá quem tenha planejado, arquitetado. Matar. Como é que Mariele tenha pago com a vida numa situação dessas? Foi uma covardia muito grande", desabafou no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Rio de Janeiro.

A OAB realizou, nesta sexta-feira (11), uma audiência pública com a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania do Parlamento do Mercosul.

"O dia 13 de março, véspera da morte de Marielle, foi tão marcante quanto o dia 14. Passamos horas juntas, quase não tínhamos oportunidade de conversar. Jamais imaginaria que no dia seguinte eu ia receber a notícia da morte dela. Não tenho certeza de nada só que tudo isso não é humano", desabafou.

Em poucos minutos, Marinete relembrou da educação católica que deu à filha nas ruas de Bonsucesso, bairro onde está o Complexo do Maré, por onde Marielle transitava independente da facção criminosa que dominasse as comunidades da região.

"Levaram um pedaço da gente. Filho faz parte de nós. É um Dia das Mães de dor", revelou.

Tatuagem - Dias após o crime, a filha da vereadora, Luyara Santos, tatuou o rosto da mãe no braço e compartilhou a homenagem em seu perfil no Instagram. “Marcada na minha memória, no meu coração, na minha vida e agora na minha pele!”, declarou-se a jovem de 19 anos.

A tatuagem foi feita pelo artista Magrão Kovok, que também publicou a imagem em sua rede social. “Quando o tatuador estava terminando o desenho e vi o resultado, fiquei muito emocionada. Cheguei a chorar. Minha avó achou lindo. Não tenho acompanhado muito as redes sociais, mas resolvi postar e recebi várias declarações carinhosas”, disse Luyara.



Com informações do Portal G1 e do Jornal de Brasília