Circula em diversos pontos da cidade de São Paulo, uma edição polêmica do jornal O Globo. Além de manchetes como: “Temer renuncia: eleições convocadas” e “Deputados federais receberão salário mínimo”, a publicação critica uma provável anuência de um dos principais jornais do país com o golpe de 1964, que destituiu o presidente João Goulart e instaurou, em 1º de abril daquele ano, um governo militar no País.
Em seu editorial, o jornal pede “perdão” por sua participação nos eventos de 1964 e pela recente destituição da presidenta Dilma Rousseff: “Diz o ditado: errar é humano. Incorrer no mesmo erro sinaliza. O Globo pede desculpa aos leitores e a toda sociedade brasileira”, inicia o texto.
O texto do editorial ainda aponta: “Em 1964 apoiamos o Golpe Militar, o regime dos generais até o último momento. Vetamos a cobertura da Campanha pelas Diretas. É certo que tivemos nossas benesses: nos transformamos no maior conglomerado de comunicação neste período”.
A publicação, um fac-símile do jornal carioca, sem indícios de possíveis autores, também critica anunciantes d' O Globo como a Nestlé. Em um espaço publicitário, a marca afirma que “Água é um direito universal e a Nestlé Brasil finalmente concorda. Por isso desistimos de privatizar o Aquífero Guarani e as Águas de São Lourenço”.
Em outro anúncio, as empresas Vale e Samarco se “comprometem a reconstruir Mariana”, em alusão ao desastre causado na cidade mineira, após o rompimento de uma barragem de minérios da empresa.
Na tradicional coluna de opinião do jornal, Geraldo Alckmin pede desculpas aos secundaristas. “O decorrer dos acontecimentos demonstrou o que aqueles que ocuparam escolas de ensino médio tentavam nos alertar: uma reforma educacional feita sem discussão tem tudo para dar errado”, diz o governador.
Com informações do Portal Brasil 247 e do Brasil de Fato