segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A Herança Popular de Arlindo Cruz

Cantor, compositor e músico, Arlindo Cruz é um dos grandes nomes do samba brasileiro. O artista vem ao Recife  com o projeto "Herança Popular", pela primeira vez  no palco do Manhattan Café Theatro, em dois dias de shows,  sexta (4) e sábado (5) de março. As apresentações acontecem a partir das 21h.  
O projeto "Herança Popular" com 15 faixas, o álbum é primeiro disco totalmente autoral da carreira do cantor. A música de sua autoria “Ela sambou, eu dancei”, lançada pelo grupo Raça nos anos 90, ganha versão renovada no novo álbum, com participação de Mr. Catra e novos versos com referências ao “quadradinho” e à poderosa Anitta. No repertório estão canções do novo CD como “Não penso em mais nada” e “Sinceridade”, além de sucessos da carreira do cantor como “O meu lugar”, “Bagaço da Laranja” e releituras de sambas clássicos da música popular brasileira. 
“O meu disco já é uma homenagem aos grandes nomes do samba e no show eu exalto ainda mais mestres como Jorge Aragão, Cartola, Dona Ivone Lara, Zeca Pagodinho, Sombrinha, Wilson Moreira e muitos outros que deixaram a genialidade deles de herança para nossa música”, conta Arlindo.” 
 Arlindo ganhou o primeiro cavaquinho aos 7 anos. Aos 12 já tirava muitas músicas de ouvido, e, como seu irmão, Acyr Marques, aprendia violão. Os mestres não demoraram a reconhecer em Arlindo Cruz o grande compositor que já se percebia. Logo no primeiro ano de Cacique, teve 12 músicas gravadas por vários intérpretes. A primeira delas foi “Lição de Malandragem”. Depois vieram outros sucessos, como “Grande Erro” (Beth Carvalho), “Novo Amor” (Alcione) e tantos outros.
Com a saída de Jorge Aragão do Fundo de Quintal, Arlindo Cruz foi convidado a participar do Grupo. Foram, então, 12 anos de dedicação e sucesso. Neste período, gravou com quase todos artistas do Pagode e deu as músicas mais lindas ao Fundo De Quintal: “Seja sambista também”, “Só Pra Contrariar”, “Castelo Cera, “O Mapa da Mina”, “Primeira Dama”. O cantor tem mais de 550 músicas gravadas por diversos artistas e é considerado o responsável pela proliferação do banjo no samba. Zeca Pagodinho gravou Bagaço de Laranja, Casal Sem Vergonha, Dor de Amor, Quando eu te vi Chorando. Beth Carvalho transformou em sucessos: “Jiló com Pimenta”, “Partido Alto Mora no meu Coração”, “A Sete Chaves”. Reinaldo gravou “Pra ser Minha Musa” e “Onde Está”.
 Arlindo prossegue em carreira solo, na evolução do samba. Da Madureira do Império Serrano e do Pagode do Arlindo, das rodas de partido-alto do bloco carnavalesco Cacique de Ramos há 30 anos.  O ingresso individual custa a partir de R$ 120 (sexta, dia 4 e sábado, dia 5). O Manhattan fica na Rua Francisco da Cunha, 881 - Boa Viagem, Recife - PE. Mais informações pelo fone (81) 3325 – 3372.