sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Compesa importa tubos para a Adutora do Agreste

As obras da Adutora do Agreste, um dos maiores sistemas integrados de abastecimento do mundo, devem ganhar ainda mais fôlego em 2014. É que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está buscando também na Europa parte dos tubos que estão sendo empregados no projeto. No próximo domingo (19), um navio vindo da Espanha vai atracar no Porto de Suape, em Ipojuca, com 13 mil metros de tubos. Este será o quarto carregamento de procedência européia que chega a Suape para atender o projeto. O último aconteceu no dia 4, quando o navio Savannah Pearl, vindo da Alemanha, descarregou 20 mil metros de dutos em Suape.

Inicialmente, os tubos utilizados na adutora estavam sendo adquiridos exclusivamente no mercado brasileiro. No entanto, como o volume demandado pela Adutora do Agreste aumentou, a empresa responsável pelo fornecimento do material, a Saint-Gobain, começou a buscar opções nas praças internacionais. “Para se ter uma ideia, metade da produção da Saint-Gobain, no país, está sendo destinada à Compesa”, afirmou o superintendente de Suprimentos, Paulo Lages. Em 2013, a Companhia comprou 138 mil metros de tubos para essa obra. Este ano, deverão ser 295 mil metros, um investimento que chega a R$ 215,7 milhões somente com a aquisição dos dutos.

A manobra de buscar tubos no exterior para a construção de uma adutora é inédita no país. Os que estão sendo comprados na Europa são de ferro e possuem diâmetros de 300, 400, 500 e 600 mm. Para assegurar a qualidade do produto, a Compesa realizou inspeções nas fábricas da Saint-Gobain em Barra Mansa, no Rio de Janeiro, e em Santander, na Espanha. Nas duas vistorias, foi constatado que os dutos, mesmo fabricados em matrizes industriais distintas, atendem aos padrões de qualidade exigidos pela companhia.

As obras da Adutora do Agreste estão divididas em quatro lotes e começaram a ser tocadas em junho de 2013. A previsão é que as primeiras etapas sejam concluídas até novembro de 2014. A adutora terá 1,3 mil quilômetros e capacidade para captar 4 mil litros de água por segundo através do Ramal do Agreste, que deriva do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Dois milhões de pessoas de 68 cidades e 80 distritos terão água garantida para os próximos 30 anos a partir desse empreendimento, que soma mais de R$ 2 bilhões em investimentos.

Imprensa Compesa