Podcast Taís Paranhos

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Inclusão e acessibilidade na moda são temas de evento promovido pela Faculdade Senac


Como parte da Semana Fashion Revolution (SFR), iniciada em todo o mundo na última segunda-feira (15), a Faculdade Senac Pernambuco promoveu nessa quarta (17) um evento para discutir diversidade, inclusão e acessibilidade na indústria da moda. Durante o encontro, ocorrido no auditório da instituição, foi realizada uma roda de conversa sobre o projeto Juntos por E.L.A. Ao longo do mês, outras atividades em alusão à SFR serão realizadas pela faculdade, incluindo a ação Manualidades na Rua.

Considerado o maior movimento de ativismo da moda do mundo, o Fashion Revolution foi fundado há dez anos e tem como objetivo incentivar as pessoas a se perguntar quem fez suas roupas e em que condições elas foram produzidas. O movimento é conhecido por sua campanha anual "#WhoMadeMyClothes" (#QuemFeZMinhasRoupas), que incentiva as pessoas a compartilhar fotos nas redes sociais com a hashtag.

O projeto Juntos por E.L.A, tema da roda de conversa realizada pela Faculdade Senac, foi desenvolvido pela empresária e designer de moda Lúcia Cipriano. Há pouco mais de um ano, ela foi diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica e desde então passou a desenvolver coleções de moda com foco na inclusão. Além de Lúcia, o evento contou com a participação de Tatiana Lins Carvalho, terapeuta ocupacional do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, onde a empresária faz tratamento. O encontro foi mediado por Karina Fernandes, professora do curso de Design de Moda da Faculdade Senac.

Durante a roda de conversa, Lúcia Cipriano apresentou a coleção "Modelando Ideias", com dez looks pensados na inclusão de pessoas com mobilidade reduzida e que utilizam sondas alimentares, como é o caso dela. A empresária tem uma marca de moda autoral, chamada LuBlue. A última coleção que Lúcia apresentou no Hospital Oswaldo Cruz foi toda pensada na ergonomia. Participaram da apresentação dos looks as cantoras Michelle Melo e Kelly Rosa, apoiadoras do projeto Juntos por E.L.A.

Para a professora Karina Fernandes, é fundamental que as instituições participem de movimentos como a Semana Fashion Revolution, pois são debates que trazem considerações importantes sobre questões ambientais e sociais urgentes. "São reflexões que trazem de fato uma movimentação, que fazem práticas serem repensadas, serem remodeladas. A gente precisa pensar na cadeia como um todo, do início até o fim. Os próprios consumidores vêm se reposicionando muito em relação a novas modelagens de negócio, novas modelagens de fazer moda", destaca a professora da Faculdade Senac.