terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Um ponto de esperança: Venezuelano busca ajuda no Recife

Em meio ao cinza urbano, um pontinho de esperança. Quem passa pela Praça do Derby, no Centro do Recife, provavelmente já viu um homem de traços indígenas carregando uma placa. A mensagem diz que ele é venezuelano e que precisa de ajuda, não apenas esmolas, mas também uma oportunidade de trabalho.

Seu nome é Santo Andy, natural da cidade de Tucupita, no Nordeste da Venezuela. Casado com Dona Hélia, ele tem cinco filhos: Andy, Proilán, Mari, Érica e Candy. A família está no Recife há quatro meses e para sustentá-lá, Santo busca um trabalho como gari ou ajudante de pedreiro.

Em Tucupita, Santo trabalhava como frentista em um posto de combustíveis. A cidade era um grande polo da indústria petrolífera, a oeste do Rio Orinoco, o principal do país. Hoje a Venezuela vive uma grande crise sócioeconômica, principalmente após o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos.

Santo Andy e sua família integram uma estatística de refugiados venezuelanos, que formam o segundo maior contingente do mundo, superados apenas pelos sírios, que sofrem com uma guerra civil. Eles chegam ao Brasil com um só desejo: uma vida melhor, com dignidade e um ponto de esperança.