segunda-feira, 7 de maio de 2018

Mulheres se destacam nas eleições




As mulheres são maioria no Brasil, mas a representatividade política, ao contrário do que diz o nome, não as representa de fato. Entre os partidos políticos no Brasil, só dois têm maioria de mulheres. Mas este ano, o panorama pode mudar. Da presidência às assembleias legislativas, se as mulheres quiserem, em vários estados - inclusive Pernambuco - podem votar fechado em políticas e, quem sabe, elegermos a maior bancada feminina da história. 

Enquanto a utopia não se realiza, vamos registrando aqui algumas candidaturas que levam muito a sério a representatividade. Como essas, do PSol: Renata, no Rio de Janeiro; Luiza, em São Paulo e a chapa feminista em Pernambuco, formada por Viviane, Albanise e Eugênia. Ouso chamá-las pelo primeiro nome porque elas são mulheres como nós e passam por todos os problemas que passamos, de gênero, raça, religião, sexualidade... Enfim, gente como a gente.


Renata Souza - A chefe de gabinete da vereadora Marielle Franco (1979-2018) decidiu se candidatar a deputada estadual após o assassinato da vereadora, em março. “Não há outra opção, o luto vira luta”, diz Renata, também nascida e criada na Favela da Maré. Ela começou a trabalhar com Marielle em 2006, ambas no gabinete do deputado estadual Marcelo Freixo e assumiu a chefia de gabinete em fevereiro de 2017, quando Marielle se elegeu vereadora. Sua missão, mais do que herdar o legado da amiga, é o de lutar pelas comunidades, contra a violência e qualquer tipo de preconceito.



Luiza Coppieters - A causa LGBT é a sua principal bandeira, sendo ela também LGBT (além de mulher trans, Luiza é lésbica). Ela ficou nacionalmente conhecida quando foi perseguida e demitida da escola privada onde trabalhava como professora de Filosofia e Sociologia. A partir daí, protagonizou uma militância que lhe rendeu prêmios e o título de uma das LGBTs mais influentes de São Paulo. Hoje (07/05) ela comemorou a chegada de seu título de eleitor com seu nome social, uma conquista recente do público trans. Se ela pode votar como mulher, ela quer se eleger deputada estadual por São Paulo.


Chapa Feminista - Em Pernambuco, o PSol escolheu formar uma chapa totalmente feminina e feminista. As três postulantes majoritárias têm histórias de luta e militância nas causas feministas. A mais conhecida das três é a pré-candidata ao senado, Albanise Pires, que estará em sua terceira campanha política. A outra candidata à Câmara Alta do Congresso Nacional é Eugênia Lima. Para o governo do estado, a postulante é a advogada Danielle Portela. Na chapa, ainda tem Gerlane Simões, do PCB, na pré-candidatura à vice-governadoria (ou a co-governadora, como o PSol chama).