Podcast Taís Paranhos

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Sindileq-PE reúne empresários para debater o perfil do ramo da locação em Pernambuco

O Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas de Pernambuco (Sindileq-PE) realiza almoço no próximo dia 17 de outubro, no Restaurante Ponteio, em Boa Viagem, onde irá discutir com os associados a pesquisa de mercado realizada em parceria com a Fcap JR. Consultoria, da Universidade de Pernambuco. No total, 123 empresas do Recife e Região Metropolitana, associadas ou não ao Sindileq-PE, contribuíram com a pesquisa. “É um primeiro passo. Vamos fazer outras pesquisas, atrás de informações mais detalhadas”, afirma João Carvalho Neto, presidente do sindicato. Entre os resultados, estão a baixa expectativa de investimento em 2015 – devido ao mercado incerto; pouca demanda em 2014 quando comparado ao ano passado; e um mercado relativamente novo no estado.
A pesquisa traça o perfil das empresas de Pernambuco e, consequentemente, mostra a demanda do estado. Hoje, mais de 51% (ou 63 empresas) são de alugueis de máquinas e equipamentos leves, que obtiveram maior faturamento no último ano. Empresas de máquinas pesadas e movimentação de máquinas ocupam o segundo lugar, com o total de 42 (34,15%); seguida das empresas de ferramentas elétricas, cortes e furos, que somam 35 (28,46%).
Também foi levantado que 37% das empresas estão no mercado há, apenas, cinco anos. “É um mercado relativamente novo, devido à demanda que surgiu no estado. É preciso que haja renovação de investimento no estado para ter demanda”, afirma João Carvalho Neto. Apenas três empresas têm mais de 30 anos de mercado.
A maioria das empresas de locação é de pequeno porte. Foi levantado que 54 empresas funcionam com até nove funcionários; outras 54 empregam de 10 a 49 funcionários; apenas nove empresas têm de 50 a 99 empregados; e seis empresas têm 100 funcionários ou mais.
No total, 48 donos de empresas (39,2%) acreditam que o mercado está pior, quando comparado ao ano de 2013. No entanto, os que consideram que o mercado melhorou somam 37 empresas (30,8%). “Ano passado nós tínhamos Suape e uma demanda específica de máquinas e equipamentos. Agora, temos Goiana”, justifica João Carvalho Neto.
Foi apontado, ainda, que o principal desafio para 58,20% dos empresários – o que equivale a 71 empresas – são os impostos; seguido de concorrência desleal, com 45,90% ou 56 empresas; e falta de mão de obra especializada, com 31,97% (39 empresas) do total. “Quando um concorrente aluga uma máquina de R$ 10 mil por R$ 8 mil, visando ganhar um cliente, nunca mais será aceito que aquela máquina volte a custar R$ 10 mil. É muito arriscado e todas as demais empresas vão ter que baixar o preço”, acrescenta Marco Aurélio, presidente do Sindileq-MG.
Em relação aos investimentos para o ano de 2015, a pesquisa trouxe um dado preocupante. Noventa e cinco empresários (77,24%) não sabem quanto de dinheiro pretendem colocar na empresa. “É incerto demais. Não sabemos se podemos comprar uma máquina e não ter nenhuma demanda no estado”, insiste João Carvalho.
Por fim, a pesquisa mostrou que do total de empresas que alcançaram o faturamento maior do que R$ 2 milhões em 2013, 68% são associados ao Sindileq-PE. “Isso mostra a importância de se sindicalizar, porque se pensa junto, as empresas crescem juntas, e não tentam colocar outro empresário para baixo”, conclui João Carvalho.
A pesquisa foi divulgada no mesmo dia do lançamento do Guia Sindileq-PE 2015, na última quinta-feira (18), durante um coquetel oferecido na IX Feira Internacional de Materiais, Equipamentos e Serviços da Construção (Ficons 2014). Entre os presentes, o economista Écio Costa; Reinaldo Nunes, presidente da Analoc; o professor da UFPE e engenheiro civil Maurício Viana, entre outros.