De acordo com o prefeito do Recife, a iniciativa de chamar a imprensa ocorreu em razão do que chamou de ataques do candidato do seu partido à gestão municipal. "É uma estratégia errada. Pelo que as pesquisas indicam, ele não vai para o segundo turno", disse João da Costa.
O prefeito também afirmou que em um eventual segundo turno entre Geraldo Júlio (PSB) e Humberto Costa (PT), não participará da campanha eleitoral. "O segundo turno entre Daniel Coelho (PSDB) e Geraldo (PSB), eu voto em Geraldo", antecipou.
João da Costa voltou a criticar a forma com que o partido conduziu o processo político na capital. "Eu disse que, quando o partido optava pelas prévias, perdia a eleição. O PT e Humberto Costa terão a maior derrota política da história do Brasil", confessou.
Com a entrevista, o prefeito João da Costa se revela ressentido com o partido, que preferiu lançar o senador Humberto Costa a oferecer a legenda para ele disputar novo mandato. João da Costa tentou ser candidato de consenso, via prévia e em outras instâncias do PT. Teve o pedido negado, em todas as esferas, mesmo com a vitória na prévia.
As declarações de João da Costa, nesta terça-feira, na prefeitura do Recife, mostraram mágoa política. Ele disse que sofre uma espécie de bullying dentro do partido. "Quem rompeu comigo não me deu argumentos".
A crise interna do PT serviu de argumento para o governador Eduardo Campos (PSB) lançar o seu ex-secretário Geraldo Júlio (PSB) candidato. Antes do ato do governador, outros partidos da base aliada da prefeitura, liderados pelo PTB do senador Armando Monteiro, também se afastaram de João da Costa e procuravam outro candidato.
Celso Calheiros - Portal Terra