quinta-feira, 18 de setembro de 2025

🩺 Demissão coletiva de obstetras no IMIP expõe crise na saúde pública de Pernambuco


O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), referência em assistência materno-infantil em Pernambuco, enfrenta um momento delicado. Nesta quinta-feira (18), médicos obstetras que atuam na instituição formalizaram seus pedidos de demissão, após meses de negociações frustradas com a gestão.

A decisão, embora já sinalizada em julho por meio de uma carta de intenção de desligamento, agora ganha contornos definitivos. Na ocasião, os profissionais alertaram para uma série de problemas estruturais e trabalhistas: sobrecarga de trabalho, baixos salários, falta de valorização e condições precárias de atuação. Sem avanços concretos que atendam às reivindicações — especialmente o reajuste salarial — os obstetras optaram por oficializar o desligamento coletivo.

Apesar da saída, os médicos garantem que irão cumprir o aviso prévio de 30 dias, assegurando a continuidade dos atendimentos enquanto a direção do IMIP busca alternativas para evitar a interrupção dos serviços.

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) acompanha o movimento e reforça que a mobilização dos obstetras vai além da pauta salarial. “É uma luta por dignidade profissional e pela manutenção da qualidade da assistência à população”, afirma a entidade, que se coloca à disposição para retomar o diálogo com o objetivo de construir soluções que conciliem os direitos da categoria com a segurança dos pacientes.