Podcast Taís Paranhos

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

#OBlogExplica Obras do BNDES em outros países

 

Uma das grandes polêmicas em relação à economia é o financiamento do BNDES a obras em outros países, notadamente os da América Latina e o que a gente mais ouve e lê é que "o governo Brasileiro tá ajudando ditaduras comunistas".

Pra variar, isso não procede.

Primeiro, porque não é simplesmente o governo dando dinheiro pra outras nações, mas sim, financiando empresas brasileiras que estejam fazendo obras dentro e fora do Brasil

E detalhe: ainda que nas obras tenham mão de obra local, empregos estão sendo gerados principalmente para os brasileiros, dentro e fora do País. No entanto, uma certa força-tarefa acabou atingindo a Construção Civil Brasileira. E não é o Blog que está afirmando isso, você pode ler aqui, aqui, aqui e também aqui

Dito isso, vamos comentar o que está sendo dito hoje, 24 de janeiro de 2023. O ministro-chefe da SECOM, Paulo Pimenta, fez uma thread em seu Twitter explicando isso e nós vamos detalhar melhor o que ele afirmou no microblog:

 

De acordo com o site do BNDES, o dinheiro que for enviado para o Exterior, na verdade, é um  financiamento à exportação dos bens e serviços de empresas brasileiras de engenharia. O BNDES desembolsa os recursos exclusivamente no Brasil, em reais

Em outras palavras, quem recebe o dinheiro é a empresa brasileira e não o país estrangeiro. E detalhe: quando ocorre a dívida, o devedor é o país estrangeiro, porque ele é o responsável por fazer o pagamento, que deve ser feito com juros, em dólar ou euro.

E mais: O BNDES financia a empresa brasileira exportadora, não financia outro país! Não existe risco de calote, uma vez que a garantia do pagamento são os recebíveis dos importadores, se eles não pagarem, o seguro cobre este prejuízo.

Ah, e o pessoal adora dizer que são "Obras de Esquerdistas, Comunistas". Mas esses financiamentos vigoram desde 1998, no mandato do Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) muito antes do Lula ser presidente pela primeira vez (2003-2010). Em outras palavras: trata-se de um programa de Estado e não de tal ou qual partido.

E vocês lembram que quiseram abrir a caixa preta e não deu em nada? Pois é.