sábado, 21 de março de 2020

Ação emergencial em defesa da subsistência de camelôs, ambulantes e feirantes do Brasil diante da crise do COVID-19

A União Nacional de Trabalhadoras/es Camelôs, Ambulantes e Feirantes do Brasil – UNICAB vem a público em meio a crise gerada pelo Coronavirus para informar da grande preocupação que temos com os/as trabalhadores/as da economia informal e a vulnerabilidade a que estão expostos. Nós ambulantes, seguimos expostos/as ao contágio trabalhando nas ruas porque não podemos parar, já que dependemos da venda do dia para comer de noite. Mesmo sabendo que a medida de distanciamento social é a estratégia de contenção ao alastramento do contágio, não temos escolha. Também muito preocupante é o isolamento e a paralisação da economia que significa a impossibilidade de tirar nosso sustento e sobreviver. 

Diante dessa situação emergencial chamamos a solidariedade da sociedade e a ação dos governos para impedir que trabalhadores/as da economia informal, sem direitos trabalhistas assegurados, apesar do trabalho duro e de sua contribuição para a movimentação da economia do país, passem por uma situação de escassez extrema e alta vulnerabilidade. São milhões de famílias que ficarão em poucos dias sem nenhuma fonte de sustento. Precisamos agir rápido.

A Unicab propõe que o poder público tome responsabilidade pela situação de emergência que se encontram trabalhadores/as da economia informal e aumente o gasto público para conter a crise implementando imediatamente uma renda básica de emergência aos trabalhadores/as do comércio informal, a isenção de contas de energia elétrica e de água (proibição do corte) e vale gás, que proíba despejos, anistia de aluguéis camelódromos e shoppings populares e distribua cestas básicas.

Além disso, criamos um fundo emergencial para camelôs, ambulantes e feirantes. Pedimos a solidariedade de todos/as para que contribuam clicando aqui: http://vaka.me/949320 . O auxílio será usado para cestas básicas, medicamentos e gastos emergenciais dessas/es trabalhadoras/es no Brasil. 

Assim poderemos coletivamente atravessar essa crise.