domingo, 18 de fevereiro de 2018

Roer unhas tem cura. É o que afirma inventor brasileiro

Muitas pessoas têm o péssimo hábito de roer as unhas compulsivamente até se ferir e, dificilmente, conseguem inibi-lo, a não ser por uso de medicamentos e outras terapias. De acordo com estimativas científicas, 19% a 45% da população, oscilando conforme a faixa etária, é roedora de unhas. Atualmente, o que existe no mercado é um tipo de “esmalte” que, por ter gosto ruim, diminui a vontade de roer unhas. Ainda assim, há pessoas que roem as unhas com esmalte e tudo.

Pensando nisso, o inventor Paulo Gannam, um roedor de unhas desde criança, desenvolveu um “Protetor de Unhas para Portadores de Onicofagia”. Trata-se de uma película que reveste as unhas do usuário de forma elegante e discreta, sem causar desconforto algum, pois cobrem apenas as unhas sem incomodar o tato, e pode ser usado por homens e mulheres.

Alguns modelos do invento se propõem a possuir um sistema de pressão sobre a região desejada, com furinhos para permitir maior possibilidade de transpiração. Outros teriam uma base circular de pressão para que o restante do tecido que cobre as unhas seja mais suave, evitando desconfortos numa região maior dos dedos.

Segundo o inventor, o protetor de unhas inibe um hábito autodestrutivo e incentiva a pessoa a começar a identificar quais sentimentos estão envolvidos no momento em que ela deseja roer as unhas automaticamente.

“Você pode me dizer: Mas basta tirar o protetor e fazer a festa com as unhas, detoná-las. É verdade, mas este protetor é direcionado mais ao público que está atravessando um momento de dor e forte desejo de encontrar uma forma de parar de roer. Esta é uma forma de ajudar o usuário a manter o compromisso com a mudança de comportamento”, explica.

Gannam informa já ter amostras de seu produto feitas em látex de borracha, mas explica que o produto pode ser feito com outros materiais: “Fiz os primeiros modelos em látex de borracha, o mesmo usado na fabricação de luvas cirúrgicas. Depois confeccionei artisticamente as peças de látex com tinta acrílica para tecido à base de água que melhor aderiu ao material, mas dá para fazer com poliuretano também”.

O inventor diz estar fazendo mais amostras e estar procurando empresas fabricantes de artefatos elastômeros para fabricar e comercializar o produto, seja para o consumidor final, seja para empresas do setor de cosméticos, moda, artesanato, farmacêutico, no modelo B2B.

Gannam alerta ainda para ter-se o cuidado com o material a ser usado e com a idade a partir da qual crianças poderiam usar. “Ninguém vai querer ver criança se arriscando a engolir um produto tóxico”. Segundo ele, ou se escolhe um produto composto por material que possa ser ingerido sem problema algum para as crianças, ou se elege um público voltado a crianças com idade a partir da qual já existe a consciência do perigo da ingestão de materiais.

Parceria – Paulo está em busca de parceiros para o desenvolvimento de modelos. Com patente requerida em território nacional, o inventor busca negociá-la ou obter parceria com empresas da área de saúde, higiene e cuidados pessoais, ou de peças de silicone e borracha, para realizar testes e industrializar o produto.