quinta-feira, 30 de março de 2017

Empresários apoiaram o "Impeachment" e em troca, recebem mais imposto pra pagar

O governo Michel Temer acaba de trair os empresários que apoiaram o golpe de 2016 ao anunciar, nesta quarta-feira 29, o fim das desonerações sobre a folha de pagamentos para a maioria dos setores. A equipe econômica anunciou ainda cobrança de IOF e corte nas despesas para cumprir a meta fiscal de 2017.

Segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, "a grande maioria deixa de ter desoneração da folha de pagamentos". Em comunicado divulgado nesta quarta, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) afirmou que o arrocho de Temer pode provocar demissões em massa, num país com desemprego recorde.

Para o setor do transporte rodoviário, metroviário e ferroviário de passageiros, porém, a desoneração em folha será mantida, assim como para construção e comunicação.

A equipe econômica anunciou a cobrança de IOF para cooperativas de crédito - prevendo arrecadar R$ 1,2 bilhão com o imposto. O corte nas despesas será de R$ 42,1 bilhões. Segundo o governo, as medidas devem ter um impacto positivo de R$ 4,8 bilhões na arrecadação.

Antes, Temer já havia traído os empresários com o fim do conteúdo nacional no setor de óleo e gás e o fim dos empréstimos no BNDES.

Leia mais na reportagem da Reuters:

Governo anuncia fim parcial de desoneração da folha e corte de R$42 bi do Orçamento de 2017

(Reuters) - O governo promoverá o fim parcial da desoneração da folha e elevará alíquota sobre IOF para cooperativas de crédito, dentro dos esforços para garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, prevendo arrecadação extra de 6 bilhões de reais neste ano com as medidas.

Além disso, haverá contingenciamento de 42 bilhões de reais no Orçamento deste ano para atingir o objetivo, que também contará com receitas de 10,1 bilhões de reais por decisões favoráveis na Justiça envolvendo a retomada para a União de usinas hidrelétricas.

Na semana passada, o governo havia identificado rombo excedente no Orçamento de 58,2 bilhões de reais, que impedia cumprir a meta de déficit primário de 139 bilhões de reais.

Portal Brasil 247