Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (2023), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil, ficando atrás apenas do de pele. A realização de campanhas de conscientização e prevenção, como o Novembro Azul, é fundamental. Identificar precocemente esta doença é de suma importância para ampliar as chances de sobrevivência e qualidade de vida do paciente.
Antonio Ribeiro, enfermeiro e coordenador do curso de Enfermagem da UNINASSAU Rio de Janeiro, desmistifica alguns mitos que ainda cercam o tema, proporcionando informações precisas sobre a doença.
1º mito: "apenas homens mais velhos estão sujeitos à doença". De acordo com o enfermeiro, a incidência maior é em homens com mais de 45 anos, devido a diversos fatores, incluindo a longevidade. Porém, não é uma condição exclusiva.
2º mito: "se não tem sintomas, não precisa se preocupar com a doença". O rastreamento é essencial, independentemente dos sinais, já que o câncer de próstata é, muitas vezes, assintomático. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz e com menor chance de complicações.
3º mito: "o câncer de próstata sempre requer tratamento agressivo". O tratamento está ligado ao agravamento da doença. Logo, pode ser de baixo, intermediário ou alto risco. O profissional Antônio explica que o ‘agressivo’ está relacionado à radioterapia, terapia hormonal e privação androgênica. A cirurgia de remoção da próstata é reservada para casos simples, de baixo risco, mas todos os procedimentos cirúrgicos têm riscos associados.
4º mito: "o exame de toque retal é a única maneira de detectar o câncer de próstata". Esta não é a única opção para o diagnóstico. Exames de sangue e de imagem também desempenham um papel importante. No entanto, é crucial superar o preconceito que cerca o exame de toque retal, já que ele é simples e vital. Antônio afirma que a avaliação manual é extremamente necessária e precisa ser explicada para os homens.
5º mito: "o câncer de próstata é sempre fatal". Segundo o coordenador do curso de Enfermagem da UNINASSAU Rio de Janeiro, com o diagnóstico precoce, há uma taxa de cura de até 90%, com baixas chances de complicações.