Em assembleia realizada na noite desta sexta-feira, 1º de setembro, a categoria decidiu aceitar a proposta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) que inclui um reajuste de 3,45% sobre salários e benefícios, abrangendo o AMO, além de um reajuste de 2,71% sobre os benefícios que estavam vedados pela LDO em 2022, mas a empresa concedeu em janeiro de 2023: Auxílio-Refeição/Cesta Natalina e Auxílio Materno-Infantil.
O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, explicou os dois acordos que serão submetidos à votação: a proposta do Sindmetro-PE e a proposta da CBTU. “Infelizmente, a proposta da empresa não é aquilo que solicitamos, mas irei acatar a decisão de vocês, e juntos continuaremos a nossa luta”, afirmou.
Na votação, a maioria decidiu aceitar a proposta da CBTU, encerrando a greve e optando por não recorrer à judicialização do acordo firmado em 19 de junho de 2023, quando a empresa havia assinado um reajuste de 15%, mas posteriormente voltou atrás e não honrou o acordo estabelecido naquela data.
Com isso, os metroviários põem fim a uma greve que durou longos 25 dias de paralisação por tempo indeterminado. A categoria havia decidido retomar as operações com 100% da frota do Metrô do Recife na última segunda-feira, 28 de agosto, porém, mantendo-se em estado de greve. Continuarão a lutar pela valorização profissional, por um metrô de alta qualidade, sob gestão estatal federal e com tarifa social de R$ 2 reais.
A luta persiste contra a privatização do metrô, buscando evitar o que ocorreu em Belo Horizonte em dezembro do ano passado, quando a privatização resultou em um aumento de 17,78% na tarifa, passando de R$ 4,50 para R$ 5,30 em menos de 7 meses. A determinação é seguir na luta por um metrô público, sob gestão estatal federal e de qualidade.
