Em 1998, o dramaturgo Vital Santos compartilhou uma visão apaixonada sobre o fazer teatral, marcada pela simplicidade estética e pela intensidade emocional. Em suas palavras, “Meus espetáculos são pobres, miseráveis, mas tento extrair dos atores tudo o que possam dar de emoção.” 💬
Essa declaração revela uma filosofia artística que valoriza o talento humano acima de qualquer recurso técnico. Para Santos, o ator é o verdadeiro protagonista da grandiosidade cênica: “É ele quem faz tudo crescer, com seu corpo, sua voz, seu talento.” O palco, frequentemente despido de cenários elaborados, ganha vida através da presença e da expressividade dos intérpretes. 🧍♂️🧍♀️
O dramaturgo comparou o processo de construção da cena a um desfile de escola de samba — não pelos efeitos visuais, mas pela cadência e pelo sentimento que se revelam aos poucos. “Tudo meu é artesanal”, afirmou, destacando que sua encenação nasce da costura emocional entre ator e espetáculo. Para ele, o teatro é “a luz, o caminho, o adeus, a música, tudo.” 🎶🌟
Vital Santos também enfatizou a importância de um “corpo musical” no ator, capaz de transpirar música e sentimento, mesmo sem trilha sonora. Sua abordagem artesanal e visceral contrasta com produções grandiosas, propondo um teatro que pulsa com a alma de quem o interpreta. ❤️🔥
Mais do que uma técnica, Santos propõe uma ética teatral: a valorização do humano como força criadora. Em tempos de espetáculos cada vez mais tecnológicos, suas palavras permanecem como um manifesto da essência do teatro — onde menos é mais, e o ator é tudo. 🎬🌈
📌 Transcrição da citação completa:
> “Meus espetáculos são pobres, miseráveis, mas tento extrair dos atores tudo o que possam dar de emoção. Não se veem coisas grandiosas, mas a grandiosidade do ator. É ele quem faz tudo crescer, com seu corpo, sua voz, seu talento. Quase sempre o palco fica nu. A cena vai se vestindo como se fosse um desfile de escola de samba, mas sem grandes efeitos. [...] O teatro é a luz, o caminho, o adeus, a música, tudo. Eu não sei fazer um espetáculo em que a encenação, se não seja minha, porque ela já é o próprio espetáculo. Uma coisa importante é como costuro a encenação. Tudo meu é artesanal, e como por com é construída em função do sentimento do ator, que tem que ter, também, o corpo musical, transpirar música.”
— Vital Santos, 1998