No lançamento do livro de Leidson Ferraz, o ator, dramaturgo e produtor cultural José Manoel Sobrinho emocionou o público ao relembrar sua trajetória e a importância do projeto Memórias da Cena Pernambucana. Criado em 1998, o projeto nasceu de um convite feito por Leidson, que aceitou trabalhar sem remuneração, movido pela paixão pela história do teatro local.
📚 José Manoel destacou que, até aquele momento, havia pouco acesso a registros sobre o teatro pernambucano. A iniciativa revelou a necessidade urgente de documentação e despertou nele e em seus pares um compromisso com a preservação da memória cultural. “Eu sou absoluto teatro”, afirmou, reforçando sua identidade artística e política.
🤝 Representando o gabinete da vereadora Cida Pedrosa, ausente por motivos pessoais, José Manoel ressaltou o papel da parlamentar na difusão da cultura. Ele lembrou que Cida tem se empenhado em distribuir livros sobre o teatro pernambucano para todo o Brasil, garantindo que a história local seja reconhecida como parte essencial da cena nacional.
🎭 O produtor cultural também recordou sua atuação na Federação do Teatro de Pernambuco (FETEAP), entidade que promoveu diversos empreendimentos. Ele enfatizou que muitos profissionais trabalharam de forma voluntária, movidos pelo desejo de fortalecer o teatro e dar visibilidade às produções fora do eixo Rio-São Paulo.
📖 Como professor de História do Teatro Brasileiro, José Manoel enfrentou o desafio de lecionar com bibliografia limitada. Os livros disponíveis dedicavam apenas algumas linhas ao teatro pernambucano, sempre de forma simplista. Essa lacuna o motivou a buscar obras de todos os estados brasileiros, construindo uma coleção que valoriza a diversidade cultural.
🌍 Para ele, é fundamental reconhecer que o teatro brasileiro não se resume às produções do Sudeste. “Nossos pares estão espalhados pelo Amapá, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins...”, disse, reforçando que cada região contribui para a riqueza da cena nacional.
📦 Nesse sentido, a iniciativa de Cida Pedrosa de enviar livros pelos correios a diferentes partes do país é vista como um gesto político e cultural. A ação garante que a memória do teatro pernambucano chegue a lugares distantes, ampliando o alcance da produção local.
🖋 José Manoel também destacou a responsabilidade dos pesquisadores, como Leidson, que conferem datas, nomes e funções com rigor. Esse cuidado assegura que os artistas pernambucanos sejam devidamente registrados e reconhecidos em futuras obras.
🎤 “O que fazemos no teatro pernambucano um dia estará nos livros”, afirmou. Para ele, essa é uma responsabilidade histórica e social, pois garante que o povo que constrói a arte e a cultura do Brasil seja lembrado e valorizado.
🌹 Ao encerrar sua fala no lançamento, José Manoel agradeceu a todos os presentes e reforçou a importância de enfatizar o trabalho de quem se dedica a registrar a memória cultural. “Nos livros de Leidson, o povo pernambucano que faz teatro está presente”, concluiu.