Em sintonia com os debates globais sobre clima e transição energética que estarão em pauta na COP30, Pernambuco desponta como exemplo de inovação sustentável. A Kitambar Artefatos de Cerâmica, localizada em Caruaru, no Agreste do estado, tornou-se referência ao substituir o uso de lenha nativa da Caatinga por biomassa renovável em seus fornos — uma mudança que hoje gera créditos de carbono adquiridos pelo Sicredi como parte de sua estratégia de compensação de emissões.
🔥 Do forno à transformação ambiental
O projeto, chamado Kitambar Switching Fuel Project, foi implementado em 2007 em parceria com o grupo Sustainable Carbon, e tem duração prevista de 30 anos. A biomassa utilizada inclui algaroba, casca de coco, poda de caju e resíduos de madeira de indústrias locais, reduzindo emissões e evitando o descarte inadequado desses materiais.
🏫 Impacto social e ambiental
Além de proteger o bioma Caatinga, a iniciativa gera 50 mil créditos de carbono por ano e investe parte da renda obtida em educação, tecnologia e apoio a comunidades vulneráveis.
💬 “Essas ações viram benchmarking para o setor. Outras cerâmicas da região e de vários estados já estão adotando práticas semelhantes”, afirma Carmen Cedraz, representante da Kitambar.
🤝 Cooperativismo que apoia o futuro
O Sicredi, instituição financeira cooperativa, é um dos compradores dos créditos gerados pela cerâmica.
💬 “Sustentabilidade também é relacionamento. Essa parceria com a Kitambar demonstra a força do cooperativismo em transformar realidades locais”, destacou Antonio Cleber Zequetto, gerente de Desenvolvimento do Cooperativismo da Central Sicredi Nordeste.
🔄 Modelo acessível e replicável
O projeto permite que pequenas e médias empresas ingressem no mercado voluntário de carbono sem grandes investimentos iniciais. A Sustainable Carbon cobre os custos de estruturação e acompanhamento técnico, enquanto a cerâmica realiza as adaptações nos fornos.
🌍 Conexão com a COP30
A iniciativa pernambucana reforça o papel do Brasil como protagonista na agenda climática global. Ao integrar o mercado de carbono, o sistema cooperativo contribui para que soluções locais ganhem escala, reconhecimento e impacto nacional — em sintonia com os temas centrais da COP30, que será sediada pelo Brasil.
