domingo, 14 de setembro de 2025

Bar do Pirata transforma Gravatá em destino nacional do turismo de cachaça


Gravatá, no Agreste pernambucano, acaba de consolidar seu lugar no mapa do turismo de cachaça do Brasil. O responsável por esse feito é José Pires da Silva Neto, conhecido como Pirata, proprietário do Bar do Pirata — um verdadeiro templo da aguardente que reúne mais de três mil rótulos da bebida em um espaço que mistura tradição, cultura e boa gastronomia regional.

Celebrado neste 13 de setembro, Dia Nacional da Cachaça, o Bar do Pirata funciona há quase três décadas no bairro do Prado. O local, que começou como uma mercearia familiar, hoje ocupa quatro imóveis na Rua da Encruzilhada e atrai visitantes de todo o país com sua impressionante coleção de cachaças, licores e misturas artesanais. São cerca de 60 sabores disponíveis, incluindo opções exóticas como jaca, jaboticaba, umbu, tamarindo e romã.

“Tenho cachaças de Minas Gerais, Paraíba, Alagoas, Bahia, São Paulo, daqui do Estado e até do Paraguai. A mais valiosa é um rótulo especial da Maria da Cruz, que sai por R$ 7 mil a unidade”, conta Pirata, que, curiosamente, não consome álcool há mais de 20 anos. “Admiro muito a produção nacional e procuro lançamentos, além de adquirir acervos de antigos colecionadores.”

O bar também é referência em culinária regional. Aos fins de semana, suas 95 mesas são disputadas por clientes que buscam os famosos caldinhos — de feijão, fava, mão de vaca, dobradinha, cebola com queijo, bacalhau, camarão, charque e frutos do mar — além de pratos como arrumadinho e chambaril, servidos em porções generosas.

A decoração temática reforça o apelido do proprietário, com lemes, baús e pôsteres que remetem ao universo pirata. O ambiente descontraído e acolhedor é ponto de encontro de turistas, que chegam por conta própria ou em excursões organizadas por agências de receptivo, especialmente durante a alta temporada.

No Carnaval, o bar ainda promove o tradicional Bloco do Pirata, que sai às ruas na sexta-feira que antecede a folia oficial, reforçando o papel do estabelecimento como polo cultural e turístico da cidade.

Com quase 600 doses vendidas por mês, o Bar do Pirata é mais do que um bar: é um símbolo da valorização da cachaça brasileira e da identidade gastronômica de Gravatá. Um destino obrigatório para quem aprecia a bebida nacional mais famosa do mundo — e quer vivenciar o Agreste com sabor e história.


Fotos: Anderson Souza