A prática regular de exercícios físicos pode melhorar significativamente a saúde de mulheres com síndrome metabólica. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa desenvolvida no Centro Acadêmico de Vitória (CAV) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que registrou reduções importantes nos níveis de glicose e na pressão arterial sistólica em mulheres adultas e idosas após um curto período de treinamento funcional.
Intitulada “Efeitos do Exercício Físico sobre a Variabilidade da Frequência Cardíaca e do Perfil Metabólico em Mulheres Adultas de Meia Idade e Idosas com Síndrome Metabólica”, a dissertação de mestrado foi defendida em fevereiro de 2024 por Taysla Albuquerque de Araújo, no Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Atividade Física e Plasticidade Fenotípica (PPGNAFPF).
Ao longo de quatro semanas, 15 mulheres com idade média de 62 anos participaram de 12 sessões de exercícios. Os resultados apontaram queda nos níveis de glicose e na pressão arterial sistólica, mesmo sem alterações significativas na variabilidade da frequência cardíaca — parâmetro relacionado ao sistema nervoso autônomo. Muitas relataram ainda melhorias no sono, disposição e autoestima.
“A intervenção, mesmo sendo de curta duração, teve efeitos positivos na saúde das participantes. O exercício físico se mostra uma ferramenta não medicamentosa eficaz e acessível”, destacou Taysla.
A pesquisa teve orientação do professor João Henrique da Costa Silva e coorientação de Monique Vasconcelos Barros e Ary Gomes Filho. A iniciativa contou com apoio da Capes e aprovação do Comitê de Ética (nº 5.652.958).