Entre os dias 20 e 24 de junho, a Praça Sebastião Gomes de Melo, no Terminal de Ônibus de Pau Amarelo, foi transformada em um vibrante palco de tradições com a realização do VII Festival de Quadrilhas Juninas Anarriê. O evento, que se consolida como um dos mais representativos do calendário cultural junino da região, encantou o público com apresentações repletas de cor, ritmo e identidade nordestina.
Durante cinco dias de celebração, centenas de pessoas prestigiaram os desfiles das quadrilhas nas categorias infantojuvenil e adulta. O público se emocionou com figurinos exuberantes, coreografias envolventes e muito forró, que animou os intervalos entre as apresentações. Mais do que um espetáculo, o festival reafirmou o valor das tradições populares e o papel fundamental da cultura como elemento de união comunitária.
As vencedoras do festival
Na categoria infantojuvenil, a disputa foi marcada por criatividade e sensibilidade. A grande vencedora foi a Junina Matutinho, que encantou com o tema “Mistérios do Sertão – Maria e João”. Em segundo lugar ficou a Coração Mirim, com “Herdeiros”, seguida pela Mirim Matulão, que apresentou “Eu que te benzo, a fé que te cura”.
Já na categoria adulta, a competição demonstrou alto nível técnico e artístico. O primeiro lugar ficou com a Quadrilha Dona Matuta, com a temática “Gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”. Na sequência, vieram Tradição, com “Quem come do fruto proibido. Expulso será de algum paraíso”, e Zabumba, com “Promissão”.
Tradição e resistência cultural
Organizado pelo Ponto de Cultura Anarriê, com incentivo da Lei Paulo Gustavo Municipal e apoio da Prefeitura do Paulista, por meio da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Juventude, o festival também contou com a colaboração da Associação Amigos de Nossa Senhora da Conceição e da FEQUAJUPE (Federação de Quadrilhas Juninas do Estado de Pernambuco).
Além das apresentações culturais, o evento aqueceu a economia local com barracas de comidas típicas, artesanato e produtos regionais, promovendo um ambiente familiar e seguro, repleto de alegria e pertencimento.
Para o secretário Zé Ronaldo de Moura, o festival vai muito além do entretenimento. “O Anarriê é mais do que uma festa junina. É uma manifestação da identidade do nosso povo, um espaço de resistência cultural e valorização dos artistas locais”, afirmou.
A presidente do Ponto de Cultura Anarriê, Nathalia Bringel, reforçou a importância do apoio da comunidade. “É uma construção coletiva, e ver a praça cheia durante todos os dias é a maior recompensa que poderíamos ter”, declarou.
