Podcast Taís Paranhos

domingo, 30 de abril de 2023

Três em cada dez pessoas no mundo sofrem de tonturas


Cerca de 30% da população mundial sofre de tonturas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O distúrbio pode ter diferentes causas, e ser até indicativo de doenças mais graves. A tontura também é um dos três maiores motivos de idas aos serviços de emergência. O dia 22 de abril é considerado o Dia Nacional da Tontura. A data foi escolhida pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABORL-CCF) para incentivar o diagnóstico e tratamento do sintoma.

De acordo com o Comitê de Audição e Equilíbrio da Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça e Pescoço, a tontura pode ser definida como toda e qualquer sensação ilusória de movimento sem que haja movimento real em relação à gravidade. Além da tontura, existem outros sintomas com efeitos similares, como as vertigens (sensação de automovimento), os sintomas vestíbulo-visuais e o desequilíbrio postural.
 
“Em muitos pacientes, a tontura causa uma perda importante de qualidade de vida, dificultando a realização das suas atividades habituais e causando isolamento social e problemas emocionais”, alerta o otorrinolaringologista Fernando Botelho, do HOPE, hospital integrante da rede Vision One. 

Geralmente, a tontura é associada à labirintite, mas nem sempre o sintoma é indicativo da doença no labirinto. Pacientes que sofrem de tontura também podem estar com problemas como ouvido inflamado, alterações cardíacas, doenças cerebrais, entre outros.  

O diagnóstico normalmente é feito pelo otorrinolaringologista, com o auxílio de exames clínicos como VEMP, VHIT, BERA, VENG, entre outros. Outro fator levado em conta pelo especialista é o histórico hospitalar do paciente. “O otorrinolaringologista está capacitado para chegar ao diagnóstico e interpretar os exames específicos da otoneurologia, e assim poder tratar melhor a doença do seu paciente”, afirma o otorrinolaringologista Fernando Botelho.

Por ter várias causas, a tontura deve ser tratada de forma individualizada. “O tratamento exige, assim como na medicina em geral, um diagnóstico correto para que possamos tratar com eficácia a causa e assim acabar ou ao menos melhorar os sintomas do paciente”, explica o especialista do HOPE.

O tratamento envolve desde o uso de mudanças na dieta, prática regular de exercícios físicos até utilização de medicamentos para casos agudos ou crônicos. Casos mais graves demandam tratamentos especializados, como a Reabilitação Vestibular, que utiliza manobras e exercícios nos olhos, cabeças e corpo para recuperar o equilíbrio.