🌟 Três adolescentes do distrito de Três Ladeiras, em Igarassu, mudaram a história da comunidade ao conquistar o primeiro lugar na 79ª Jornada de Foguetes, parte da Olimpíada Nacional de Astronomia de 2025. Edelly Nayane (14), Olavo Cândido (12) e Késia Rayane (14) trouxeram para Pernambuco a medalha de ouro após vencerem representantes de 99 instituições de todo o país, incluindo escolas particulares e federais.
📚 Estudantes do Centro de Educação Integral Evangelina Delgado de Albuquerque, eles encontraram na ciência uma oportunidade de sonhar mais alto. Em uma região marcada pelo trabalho rural e poucas perspectivas, a escola equipada com laboratórios e professores engajados abriu portas para que a curiosidade se transformasse em conhecimento. Cada teste de foguete que subia representava também a ideia de que poderiam ir mais longe.
🧪 O foguete campeão foi construído com materiais simples: garrafa PET, placas de trânsito reaproveitadas para as aletas, massa epóxi e cola. A prática envolveu conceitos de física como propulsão e aerodinâmica. “Cada falha nos testes virou aprendizado”, contou Késia. O monitor Pedro Henrique destacou que os jovens descobriram que a ciência é acessível e transformadora, mesmo com recursos limitados.
🎥 Nos últimos ensaios, os estudantes levavam a base de lançamento para áreas abertas da comunidade, marcavam distâncias com cones e registravam tudo em vídeo. O resultado foi um alcance de 229,6 metros, garantindo o título nacional. O Laboratório 7.0, implantado pela prefeitura em parceria com o Sistema de Ensino Dulino, segue a metodologia do “aprender fazendo”, incentivando a experimentação científica com recursos simples.
✈️ A viagem ao Rio de Janeiro foi a primeira vez que muitos da comunidade viram os jovens embarcar em um avião. Para as crianças locais, o feito simbolizou que a educação pode abrir portas antes inimagináveis. De volta a Igarassu, os campeões foram recebidos com desfile cívico e homenagens, celebrando não apenas a vitória, mas o impacto coletivo da conquista.
🌌 “A gente aprendeu que a ciência é para todos. Mesmo longe da cidade, a gente pode alcançar o espaço”, resumiu Késia. Agora, Edelly, Olavo e Késia já planejam voltar à competição em 2026, desta vez como cientistas individuais. Três Ladeiras, antes conhecida apenas pelo trabalho rural, passa a ser também o lugar onde três jovens provaram que talento e determinação podem romper qualquer limite.