📰 O Brasil se despede de uma de suas maiores referências culturais. Haroldo Costa, ator, diretor, escritor e comentarista de carnaval, faleceu aos 95 anos no Rio de Janeiro, deixando um legado que atravessa gerações e marcou profundamente o teatro, a televisão e a festa mais popular do país. Sua trajetória é símbolo da resistência e da valorização da cultura afro-brasileira.
🎭 Haroldo iniciou sua carreira no Teatro Experimental do Negro, fundado por Abdias do Nascimento, onde brilhou em peças como O Filho Pródigo. Foi protagonista de Orfeu da Conceição, tornando-se o primeiro ator negro a atuar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um marco histórico para a representatividade nas artes cênicas brasileiras.
📺 Na televisão, Haroldo Costa dirigiu musicais e programas de auditório na Globo, trabalhando com ícones como Dercy Gonçalves, Chacrinha e Moacyr Franco. Também atuou em produções memoráveis, como a minissérie Chiquinha Gonzaga (1999) e Suburbia (2012), consolidando sua versatilidade artística e sua presença marcante na telinha.
🎶 Apaixonado pelo carnaval, Haroldo foi comentarista e jurado oficial dos desfiles da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). Torcedor fervoroso do Acadêmicos do Salgueiro, escreveu livros que se tornaram referência, como Salgueiro: Academia de Samba (1984) e 100 Anos de Carnaval no Rio de Janeiro (2001).
📚 Além do carnaval, dedicou-se à música e à cultura afro-brasileira, com obras como Ernesto Nazareth – Pianeiro do Brasil (2005). Sua produção literária reforça a importância da memória cultural e da valorização das raízes negras na arte nacional.
🕊️ A família confirmou sua morte nas redes sociais, sem divulgar a causa. O velório será realizado na quadra do Salgueiro, escola de samba que Haroldo sempre exaltou como símbolo de resistência e criatividade. O espaço promete reunir amigos, artistas e admiradores para uma despedida emocionante.
🌟 Haroldo Costa deixa um legado que vai muito além dos palcos e das avenidas. Sua vida foi dedicada a mostrar que o Brasil é feito de diversidade, talento e paixão. Sua voz continuará ecoando nos livros, nas transmissões de carnaval e na memória coletiva de todos que celebram a cultura popular.