Na noite desta quarta-feira (19), o espetáculo “Mátria”, da Trupe Arte na Mochila, ocupou a Rua Mamede Simões, no Recife, com poesia, música e performance. 🌍✨ Entre os elementos mais marcantes da montagem estão as pinturas tribais africanas, que transformam os corpos dos artistas em símbolos vivos de resistência e ancestralidade.
🎨 Significados das pinturas
As marcas corporais evocam a memória dos povos africanos escravizados e reafirmam a identidade negra frente ao apagamento histórico. Cada traço e cor carrega um sentido coletivo: proteção espiritual, pertencimento e força comunitária. No espetáculo, elas funcionam como mapas da ancestralidade, conectando arte e espiritualidade.
🌿 Candomblé e orixás
Inspiradas nos rituais do Candomblé, as pinturas estabelecem um elo entre o humano e o divino. Cada orixá possui atributos que podem ser representados nos desenhos:
- Oxum: águas doces, fertilidade e amor 💛
- Xangô: fogo e justiça 🔥⚖️
- Ogum: ferro e luta ⚔️
- Iansã: ventos e transformação 🌪️
- Oxóssi: matas e abundância 🌳
Esses símbolos reforçam que a arte é também um ato político e espiritual, capaz de manter viva a memória coletiva e a resistência cultural.
🎭 Em “Mátria”
As pinturas tribais dialogam com a música e a poesia, criando uma atmosfera ritualística que aproxima o público da experiência dos terreiros. O espetáculo reafirma que resistir é também celebrar a cultura e a fé, transformando a rua em palco e o corpo em território de memória.