Com 32 anos de história e crescimento contínuo, a Agrinordeste se consolida como um dos principais eventos do setor agropecuário em Pernambuco. Promovida pela FAEPE, sob a liderança do presidente Pio Guerra, a feira se tornou um espaço estratégico para fomentar conhecimento, negócios e integração entre os diversos segmentos da produção rural.
Segundo Guerra, a importância da Agrinordeste está diretamente ligada à força do agro no estado. “Pernambuco tem hoje um PIB agropecuário de 11% e é responsável por 36% das exportações estaduais, com destaque para a cana-de-açúcar e a fruticultura”, afirma. Mas ele reforça que, além dos números, é essencial acompanhar as transformações do setor.
“A busca por conhecimento, por identificação de mercado e por oportunidades é constante. Se você não estiver antenado com as políticas públicas, com as tecnologias e com as mudanças que ocorrem no setor, você não atualiza o seu negócio”, explica o presidente.
A feira oferece uma programação robusta com nove auditórios temáticos, cada um dedicado a um setor específico: fruticultura, avicultura, pecuária de coco, leite, açúcar, entre outros. Durante três dias, produtores têm a chance de debater profundamente os desafios e avanços de suas áreas, além de se conectar com outros profissionais, atualizar preços e fechar negócios.
“Antigamente, o produtor de banana não conversava com o da Zona Norte, o da Zona Sul não trocava ideia com o do Sertão. Hoje, essas trocas são fundamentais para produzir com mais racionalidade e menos risco”, destaca Guerra.
Mais do que um evento técnico, a Agrinordeste também é uma festa que aproxima o campo da cidade. Moda, gastronomia e cultura popular fazem parte da programação, criando um ambiente acolhedor para o público urbano que visita o evento gratuitamente. “Se você não usa o mercado consumidor do Recife, que entra aqui de graça para comprar dos agricultores, você não tem como promover um evento como esse”, pontua o presidente.
A Agrinordeste é, portanto, uma vitrine do que Pernambuco tem de melhor no agro — e um lembrete de que o futuro do campo depende de diálogo, inovação e raízes bem firmadas.