sexta-feira, 12 de maio de 2023

Mais de um terço da população mundial sofre de rinite


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a rinite atinge entre 30% e 40% da população global. Com a chegada das chuvas e as mudanças bruscas de temperatura, quem sofre com problemas como esse sabe que é hora de redobrar os cuidados. 

A rinite alérgica ocorre quando o corpo reage de forma exagerada ao entrar em contato com determinadas substâncias que identifica como estranhas. “Os aeroalérgenos mais comuns no nosso meio são os ácaros, fungo e o pólen.
Primeiro o indivíduo é exposto a esse aeroalérgeno, sendo sensibilizado e depois numa reexposição ocorrem as crises”, explica a otorrinolaringologista Raquel Rodrigues, do HOPE, hospital que integra a rede Vision One.

“Alguns pacientes que tem rinite podem ter alguma alergia alimentar associada. Porém existem outros tipos de rinite, como a gustatória, causadas por alguns tipos de alimento ou temperatura deles”, acrescenta a especialista do HOPE. Os principais sintomas da doença são o nariz entupido, coriza (nariz escorrendo), espirros, coceira e diminuição da capacidade de sentir cheiro.  

Quando o paciente é acometido por uma crise de rinite, algumas das medidas que ajudam contra a doença são o uso de medicamentos antialérgicos, descongestionantes e corticoides. Outro aliado é a lavagem nasal com soro fisiológico, que ajuda não apenas no tratamento, mas também na prevenção, já que evita que substâncias alérgenas estejam em contato com o nariz. “Sempre que houver sintomas de obstrução nasal, espirros, coceira e secreção deve ser procurado o especialista para que seja feito o diagnóstico preciso e o tratamento adequado para cada caso”, orienta a otorrinolaringologista Raquel Rodrigues.

Para combater não só a rinite, mas alergias em geral, também é possível recorrer à imunoterapia. “O tratamento da rinite é clínico. É preciso desinflamar a mucosa do nariz e para isso usamos medicamentos tópicos ou via oral, dependendo de cada caso”, afirma a médica do HOPE. 

“Também é importante identificar o agente causador e evitar o contato, através de medidas de higiene ambiental. Alguns pacientes vão precisar de imunoterapia que popularmente são chamadas de vacinas, que vão dessensibilizar o paciente tornando-o mais ‘tolerante’ a presença do alérgeno.
E para aqueles pacientes que tem alguma alteração anatômica associada é imprescindível que seja feita a correção”, finaliza a especialista Raquel Rodrigues.