Podcast Taís Paranhos

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Fisioterapia como aliada na recuperação de pacientes de câncer de mama

O câncer de mama é causado por alterações genéticas que podem ser estimuladas por fatores ambientais como tabagismo, uso de hormônios, excesso de peso e ingestão de bebida alcóolica ou também por fatores genéticos. Esse é o tipo de câncer mais comum nas mulheres, atrás apenas dos casos de câncer de pele não melanoma. Uma das formas de combater a doença é através de intervenção cirúrgica e a fisioterapia se faz necessária no pós-operatório.

O processo cirúrgico pode envolver a retirada de uma parte da mama, quadrandectomia, que deixa a mama muito parecida como antes ou a retirada total, mastectomia. “A fisioterapia é um suporte fundamental para mulheres que fizeram alguma dessas operações, independentemente do tipo de cirurgia realizada. Trata-se de uma intervenção que contribui decisivamente para evitar complicações, acelerar a recuperação e melhorar a qualidade de vida” explica Renata Ribeiro, fisioterapeuta da Reintegrar.

A atuação do profissional deve ser iniciada logo após a cirurgia e pode se prolongar por alguns meses até a recuperação total da paciente. Dentre as consequências da cirurgia pode estar presente o linfedema (inchaço crônico), quando é realizado o esvaziamento axilar (retirada dos gânglios linfáticos da axila), trombose, complicações na cicatriz, dores e limitação de movimento do ombro. É importante as pacientes seguirem as orientações quanto a posição do braço, evitar esforço e sobrecarga para não comprometer o sucesso da cirurgia e a boa recuperação.

A fim de evitar perda de movimento e a força do braço do lado da mama que realizou a cirurgia, é necessário a realização de exercícios, utilizando técnicas variadas, como alongamentos, exercícios funcionais, drenagem linfática, relaxamento, além de instruir sobre os cuidados necessários com a pele. “A reabilitação pode ser realizada de forma lúdica e divertida, incluindo videogame como Xbox, onde trabalha a movimentação do braço. Dessa forma as pacientes tem maior adesão ao tratamento e sucesso no processo de reabilitação”, completa a fisioterapeuta.