Durante a celebração dos 25 anos da Fenearte, um relato carregado de emoção e gratidão foi compartilhado por um dos profissionais que trilhou seu caminho dentro da política pública do artesanato em Pernambuco. De origem simples, ele relembrou sua trajetória com intensidade e orgulho:
"Fui um menino que pai e mãe criou para o mundo", iniciou, contando como o acaso e a fé cruzaram seu destino com o universo do artesanato ainda no bairro de Livramento. Naquele espaço, viu nascer sua ligação com o setor: "Dando alegria sentado no chão", descreveu.
A referência a dona Geralda, figura central na história da feira, aparece como símbolo de otimismo. Mas foi ao mencionar o ex-governador Jarbas Vasconcelos que ele apontou uma virada de chave. Ao receber um convite desafiador no segundo andar do Palácio, no dia 28 de dezembro de 2003, assumiu uma responsabilidade que transformaria sua percepção: “Já não era mais aquele menino. Eu entendia o tamanho e a dimensão do que é que a gente faz aqui.”
O depoimento destaca o impacto das políticas públicas contínuas, que resistem ao tempo e às gestões. "Essa política pública atravessa condutores, atravessa anos. Ela precisa chegar todo dia e lembrar a gente por que a gente faz o que faz."
Com voz embargada, finalizou com palavras de reconhecimento e afeto a todas as pessoas que cruzaram seu caminho na rede do artesanato pernambucano, em especial à ex-governadora Raquel Lyra, a quem descreveu com carinho como "amiga e governadora para sempre". E concluiu: “Eterno grato. E sempre que estiver a serviço de Pernambuco, estarei firme neste setor como exemplo.”
