segunda-feira, 26 de maio de 2014

Justiça aceita denúncia de morte de torcedor

Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual contra os três acusados de envolvimento na morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, atingido por um vaso sanitário no entorno do estádio do Arruda, no Recife. Os réus - Waldir Pessoa Firmo Júnior, 34, Luiz Cabral de Araújo Neto, 30 anos, e Everton Filipe Santiago Santana, 23 - vão responder pelo homicídio e por três tentativas de homicídio contra outras três vítimas, crimes duplamente qualificados, com agravante de motivo fútil e mediante surpresa.

O juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, determinou que os advogados dos réus apresentem resposta por escrito às acusações no prazo de 10 dias. No mesmo documento, o magistrado ainda negou o pedido de anulação da reconstituição do crime, protocolado pela defesa do acusado Luiz Cabral de Araújo Neto, no dia 15 de maio.

"Não restou demonstrada a alegação de que o acusado Luiz Cabral de Araújo Neto teria sido coagido a participar do auto de reprodução simulada dos fatos. Ao contrário, consta expressa concordância do mesmo acusado", diz um dos trechos da decisão do magistrado.
As investigações do caso foram conduzidas pela delegada Gleide Ângelo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Paulo Ricardo Gomes da Silva morreu em 2 de maio após sair do jogo entre Paraná e Santa Cruz, pela Série B do Brasileirão. Imagens gravadas na área externa do estádio do Arruda flagraram o momento exato em que os dois vasos foram lançados de uma área próxima à arquibancada. Os objetos foram arremessados de uma altura de 24 metros, de acordo com o Instituto de Criminalística (IC). O professor de física Beraldo Neto avaliou a altura e calculou que os vasos chegaram ao chão com um peso de 350 quilos, cada um.

Os suspeitos foram presos dias após a morte. No dia 12 de maio, eles participaram da reconstituição do crime, que esclareceu detalhes da ação dentro do estádio. Desde então, eles estão detidos no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife. Se condenados, podem pegar ao menos 30 anos de reclusão.

Portal G1