quarta-feira, 9 de abril de 2014

Opinião: Paixão pela falsa desgraça

Por que exagerar quando se comenta algo que mal se conhece?

Houve um acidente de trânsito no final da tarde de ontem (08), na Avenida Domingos Ferreira, em Boa Viagem. Eu passei pelo local, infelizmente, já que é caminho de minha casa. Infelizmente, não pelo fato de presenciar uma tragédia, pois ela nunca existiu, mas por ter ficado “preso” em mais um engarrafamento. Por sorte, ou menos azar, eu estava na via da esquerda (oposta ao do acidente), e por isso, o trânsito ainda andava. Pouco, mas andava. Andava pouco por conta dos URUBUS, que são aqueles motoristas e pedestres que fazem questão de armar um acampamento no local do sinistro apenas para satisfazer a sua vontade mórbida à custa da infelicidade alheia. Essas pessoas, os urubus, só trazem prejuízos à sociedade. Não ajudam em nada e ainda transformam o local em um ambiente ainda mais caótico. Observem, eles quase nunca oferecem ajuda, mas sempre estão com um celular na mão gravando tudo para postar no “Face”.

O citado acidente não foi nenhuma tragédia, desgraça, coisa horrível, fim do mundo etc. Eu vi vários veículos envolvidos. Quase todos com pequenas avarias. Alguns montados em outros, mas com pequenos danos. Exceto um deles, que estava debaixo de outros dois (caso mais grave), e um segundo, amassado entre dois ônibus. Basta olhar o interior deles (foto/TV Globo) e ver que estão preservados. Isso implica dizer que: quando o interior está preservado, via de regra, os ocupantes não se feriram ou se feriram levemente. Pelo que foi apurado pela imprensa, apesar do cenário, apenas DUAS pessoas ficaram feridas com gravidade mediana, pois foram levadas para os hospitais, conscientes. Os outros envolvidos saíram ilesos ou com pequenos ferimentos.


O recado é: deixe de especular, de tentar criar um momento mais grave ou critico do que aquele em que nós vivemos. Ou você é daqueles que é adepto ao QUANTO PIOR, MELHOR.

Eder Rommel
Policial Rodoviário Federal e Jornalista