terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ligações clandestinas são retiradas na Adutora do Oeste


A Operação Água Legal conseguiu eliminar 23 pontos de desvio de água ao longo da Adutora do Oeste, que abastece 11 municípios do Sertão do Araripe. A ação, realizada pela Compesa na semana passada em parceria com o Ministério Público de Pernambuco e a Polícia Militar, recuperou uma vazão de 20 litros de água por segundo, suficiente para suprir uma cidade de 8 a 10 mil habitantes.

As irregularidades foram encontradas ao longo do traçado da adutora em áreas rurais das cidades de Parnamirim, Orocó, Ouricuri e Trindade. Os trabalhos de fiscalização foram realizados durante a última semana em todos os 180 quilômetros da adutora, entre Orocó e Araripina.

O dono do Sítio Chapada da Melancia, em Parnamirim, foi detido e encaminhado para a delegacia local. Ele estava usando a água desviada para irrigar uma grande plantação de melancia. Outros dois desvios de água de grande porte foram identificados próximo ao Povoado de Urimamã, no município de Parnamirim, a 570 km do Recife. Nessa área, as ligações eram executadas em tubulações de 50 milímetros, mesmo diâmetro utilizado para distribuição de água em áreas urbanas, e estavam sendo usadas para abastecer pelo menos três propriedades rurais.

Em uma delas foram encontrados dois imóveis de alto padrão imobiliário, com sistema de irrigação para manutenção de jardins, além de um açude recém construído, porém, ainda seco. Já na cidade de Trindade, foram encontrados três desvios para alimentar uma fábrica de gesso e uma ligação clandestina em uma granja que abatia aves. Todas as irregularidades foram eliminadas e foram registrados dois Boletins de Ocorrência. Os responsáveis não foram encontrados.

“Os desvios diminuem o volume de água que deveria chegar às residências e, por isso, muitas vezes é necessário implantar rodízios no abastecimento ou deslocar carros-pipas para levar água à população, enquanto ela está sendo utilizada, de forma irregular, para manter plantações irrigadas, criações de animais e até encher açudes e barreiros”, explica o superintendente do Sertão Central, São Francisco e Araripe da Compesa, Cássio Pinheiro.

Imprensa Compesa